João Loureiro eleito presidente do Boavista com 567 votos favoráveis

O antigo líder "axadrezado" era o único candidato às eleições para a liderança da direcção do clube.

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João Loureiro volta à presidência do Boavista Ricardo Castelo/NFactos

As urnas para as eleições boavisteiras fecharam às 19h, tendo votado 574 sócios do clube, num universo de cerca de 6.000 eleitores.

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As urnas para as eleições boavisteiras fecharam às 19h, tendo votado 574 sócios do clube, num universo de cerca de 6.000 eleitores.

João Loureiro regressa assim ao futebol e ao Boavista cinco anos após ter deixado os “axadrezados” e depois de suceder, na altura, ao seu pai, Valentim, que comandou o Boavista de 1978 a 1997.

Foi, contudo, na presidência de João Loureiro que o Boavista conquistou os maiores êxitos desportivos, antes de ser punido e relegado para os escalões secundários.

Nas eleições realizadas nesta sexta-feira, João Loureiro, foi o único candidato a concorrer.

João Eduardo Pinto de Loureiro, 49 anos, ganhou todos os títulos de futebol em Portugal, destacando-se o inédito campeonato de 2000-01 e ainda dois segundos lugares, que valeram três presenças na Liga dos Campeões - foi ainda uma vez semi-finalista da Taça UEFA.

Sob a sua presidência, o Boavista construiu o Estádio do Bessa Século XXI, com capacidade para 30.000 pessoas, apenas explorada no Euro 2004, pois na esmagadora maioria dos jogos do clube o recinto teve menos de meia casa.

Os elevados custos de construção e manutenção acabaram de vez com o equilíbrio financeiro do clube e começaram a pesar demasiado num orçamento que vivia à custa de sucessivas vendas “milionárias”, para a dimensão do clube.

Em 2007, com um clima interno de crescente degradação à sua volta, João Loureiro opta por deixar a presidência do Boavista, que um ano depois é condenado no caso “Apito Final” (promovido pela Comissão Disciplinar da Liga) a descer de Divisão, estando até hoje na II Divisão, o terceiro escalão do futebol luso.

Nesse mesmo processo, confirmado por reunião do Conselho de Justiça que os tribunais agora “anularam”, João Loureiro foi suspenso por quatro anos e multado em 25.000 euros.

O agora eleito presidente boavisteiro volta empenhado a recuperar o estatuto do Boavista, que em Novembro aderiu ao Processo Especial de Revitalização (PER), após reconhecimento de “insustentabilidade financeira”, causada pelas dívidas de 48,3 milhões de euros a quase 50 credores.