Ministério diz que “não há polémica” nas demissões na inspecção-geral do ambiente

Três dos quatro dirigentes da IGAMAOT demitiram-se, mas o ministério de Assunção Cristas rejeita que haja conflito entre o ambiente e a agricultura.

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Assunção Cristas: demissões são normais Pedro Cunha

O inspector-geral, Pedro Portugal Gaspar apresentou a demissão na segunda-feira, alegando “razões pessoais”. Mas a sua saída, juntamente com a de duas das três subinspectoras da Inspecção-Geral da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (IGAMAOT), esteve em parte relacionada com desacordos na forma como as estratégias para a entidade estavam a ser delineadas.

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O inspector-geral, Pedro Portugal Gaspar apresentou a demissão na segunda-feira, alegando “razões pessoais”. Mas a sua saída, juntamente com a de duas das três subinspectoras da Inspecção-Geral da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (IGAMAOT), esteve em parte relacionada com desacordos na forma como as estratégias para a entidade estavam a ser delineadas.

A forma como se pretendia enquadrar as questões da agricultura na estratégia da IGAMAOT daqui para a frente foi um foco de tensão entre o inspector-geral e a ministra Assunção Cristas. Uma reunião realizada na semana passada sobre esta matéria terá precipitado a demissão, que não envolveu uma das subinspectoras da IGAMAOT, a que tem as questões da agricultura sob a sua responsabilidade.

É um primeiro sinal público de um conflito que várias vozes anteviram como provável desde que a agricultura e o ambiente – áreas que estiveram em campos opostos em muitas batalhas no passado – se juntaram sob um mesmo chapéu, sob a tutela de Assunção Cristas.

O Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território não confirma, porém, esta leitura. Segundo Rui Lopes da Silva, assessor de imprensa de Assunção Cristas, a saída das duas subinspectoras foi uma consequência natural da demissão de Pedro Portugal, já que tinham sido convidadas por este para integrarem a sua equipa. “Não há qualquer polémica nestas demissões”, afirma Rui Lopes da Silva.