Conhece Godfrey Chitalu? Messi e a FIFA também não

Lionel Messi tem 86 golos marcados em 2012 e isso é recorde. Ou talvez não, porque em 1972, na Zâmbia...

Foto
Chitalu ao serviço da selecção da Zâmbia DR

A aura de goleador já era reconhecida em Chitalu. Em 1968, segundo o As, apontou um total de 81 golos. Mas 1972 foi o ano realmente glorioso da estrela do Kabwe Warriors: entre jogos do campeonato, da Taça da Zâmbia e da Taça dos Campeões africanos – para além dos encontros disputados pela selecção –, Chitalu apontou um extraordinário total de 107 golos. Que a FIFA, no entanto, nunca reconheceu.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A aura de goleador já era reconhecida em Chitalu. Em 1968, segundo o As, apontou um total de 81 golos. Mas 1972 foi o ano realmente glorioso da estrela do Kabwe Warriors: entre jogos do campeonato, da Taça da Zâmbia e da Taça dos Campeões africanos – para além dos encontros disputados pela selecção –, Chitalu apontou um extraordinário total de 107 golos. Que a FIFA, no entanto, nunca reconheceu.

“Enquanto o mundo está de olhos postos no recorde de Lionel Messi, que ultrapassou Gerd Müller, a discussão aqui centra-se na razão por que os golos de Godfrey Chitalu não são reconhecidos”, disse o porta-voz da Federação zambiana de futebol à revista Soccer Laduma.

A carreira de Chitalu nos relvados chegou ao final em 1982, dois anos depois de ter participado nos Jogos Olímpicos de 1980, em Moscovo. Era, com 33 anos, o elemento mais velho da selecção zambiana. E foram dele os únicos dois golos que a Zâmbia marcou na competição.

Em 1984 abraçou a carreira de treinador, no Kabwe Warriors, que só abandonou em 1991. E dois anos depois tomou conta da selecção zambiana de futebol. Ao serviço da qual morreria ainda em 1993, no desastre aéreo em que morreu toda a equipa, quando viajava para o Senegal, onde disputaria um encontro de apuramento para o Mundial 1994.