Há 17 jogadores da selecção da Eritreia desaparecidos no Uganda
Depois de terem defrontado o Ruanda, no sábado, os futebolistas aproveitaram o domingo para fazer compras. Dezassete elementos não regressaram. "Vamos encontrá-los", prometem os dirigentes federativos.
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando
os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que
querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o
mundo, a pensar e decidir.
A verdade faz-nos mais fortes
No decurso da Taça Cecafa, os internacionais da Eritreia aproveitaram o dia livre que se seguiu à derrota com o Ruanda (2-0), no sábado, para irem às compras. No final do dia, só 12 dos 24 jogadores voltaram à concentração, no Hotel Sky. Desses 12, cinco voltaram a sair, alegando que iriam visitar amigos, e já não regressaram.
"Não sabemos onde estão os nossos irmãos", admitiu o seleccionador nacional, Teklit Negash, citado pela BBC. As autoridades já estão no terreno, em busca dos jogadores, correndo a versão de que poderão estar à procura de asilo político.
"Encontrá-los-emos onde quer que estejam escondidos", promete Patrick Ogwel, vice-presidente da Federação Ugandesa de Futebol. A estratégia passa por divulgar fotografias dos atletas nos jornais, por forma a facilitar a sua identificação.
Este não é o primeiro caso de fuga de desportistas da Eritreia, na tentativa de encontrarem asilo político noutro país. Em 2010, depois de um torneio disputado na Tanzânia, 13 jogadores desertaram, acabando muitos deles por serem encontrados no Texas, nos EUA.