Produção de azeite na Beira Interior com quebras que chegam a 70%

A Beira Interior tem menos taxa de olival irrigado do que as restantes zonas do país, diz a associação de produtores de azeite da região.

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A Beira Interior tem produzido, nos últimos anos, cinco mil toneladas de azeite por campanha Paulo Ricca

Os números foram avançados pelo presidente da associação, João Pereira, que salientou que “a quebra é muito acentuada e ultrapassa nalgumas zonas os 70%”.

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Os números foram avançados pelo presidente da associação, João Pereira, que salientou que “a quebra é muito acentuada e ultrapassa nalgumas zonas os 70%”.

Os olivais de sequeiro, que são predominantes na região, são os mais afectados pela queda da produção, devido à seca e ao ataque de pragas como a mosca, que leva ao apodrecimento do fruto quando ainda está nas árvores.

Embora conte com os regadios de Idanha-a-Nova e da Cova da Beira, a Beira Interior “é a região que tem menos taxa de olival irrigado quando comparada com as restantes zonas do país”, explicou o presidente da APABI.

A Associação de Produtores de Azeite da Beira Interior é uma organização de produtores de azeite com cerca de meia centena de lagares, que representam sete mil olivicultores. A sua área de influência corresponde ao distrito de Castelo Branco, incluindo os concelhos de Mação e Guarda.

Nos últimos anos, a região tem produzido cinco mil toneladas de azeite por campanha, um valor que ficará muito além da produção de 2012.