Governo aceita propostas sobre reforma do Estado até Junho de 2013

Foto
Relvas manifestou a disponibilidade do Governo em acolher propostas vindas tanto dos partidos como da sociedade civil

Miguel Relvas saiu da reunião ainda antes desta terminar para expressar a “disponibilidade” do Governo em acolher propostas vindas tanto dos partidos como da sociedade civil, mesmo depois de entregar à troika o seu plano.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Miguel Relvas saiu da reunião ainda antes desta terminar para expressar a “disponibilidade” do Governo em acolher propostas vindas tanto dos partidos como da sociedade civil, mesmo depois de entregar à troika o seu plano.

"o Governo fará a sua apresentação à troika, o Governo iniciará desde já aquele que é o seu modelo de debate com a sociedade civil também. Depois de Fevereiro, estamos abertos às propostas que possam ainda vir a ser incorporadas, de alterações, que possam ainda vir do Parlamento", disse aos jornalistas o ministro dos Assuntos Parlamentares. Ou seja, rematou Relvas, a proposta a apresentar à troika “não será a final”.

Para tal, explicou, dera o seu aval para a preparação – através da criação de um grupo de trabalho - de um debate na Assembleia da República sobre o assunto. Mas o PS saiu da reunião com um aviso preparado para a maioria.

Aceitava debater a reforma do Estado, mas sem a “premissa” desta ter que estar balizada pelo corte de 4 mil milhões de euros. "Não é correto, não é justo nem é adequado iniciar um debate com esse tipo de premissa", afirmou o socialista Carlos Zorrinho. Que prometeu deixar a maioria a falar sozinha caso isso viesse a acontecer. "Nessa segunda parte [reforma do Estado], nós estaremos presentes, a primeira [corte de 4 mil milhões] é uma questão do Governo e da má gestão do Governo", frisou Zorrinho, que recusa "fazer uma reforma a partir dos cortes".

O PCP foi ainda mais assertivo. Através do líder parlamentar Bernardino Soares, fez saber que aquele partido não participaria “em qualquer organização que vise cortar nas funções do Estado”.