Novak Djokovic é o número um e o Masters confirmou-o

O tenista sérvio termina o ano em beleza, ganhando todos os encontros da última grande competição mundial. Na final bateu em dois sets Roger Federer, número dois do ranking

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Djokovic com o troféu nas mãos Glin Kirk/AFP

Cinco vitórias sobre os mais directos rivais no circuito profissional (com excepção do lesionado Rafael Nadal) sendo a derradeira, conseguida numa emocionante final com Roger Federer, em que ganhou apenas mais um ponto (96-95), mas foi mais forte nos momentos decisivos de cada set.

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Cinco vitórias sobre os mais directos rivais no circuito profissional (com excepção do lesionado Rafael Nadal) sendo a derradeira, conseguida numa emocionante final com Roger Federer, em que ganhou apenas mais um ponto (96-95), mas foi mais forte nos momentos decisivos de cada set.

Com a vitória pelos parciais de 7-6 (8-6), 7-5, em duas horas e 14 minutos, Djokovic, que tinha ganho o título em 2008 quando o Masters se realizou em Xangai (bateu Nikolay Davydenko), tornou-se no nono jogador diferente a ganhar o Masters enquanto número um do ranking — o último foi Federer em 2007.

Naquela que foi, apenas, a quarta final do Masters entre os dois primeiros do ranking em 43 anos de história — segunda nos últimos três anos — Federer entrou de rompante e ganhou os primeiros nove pontos do encontro, obtendo um break, em branco, pelo meio.

Mas depois de assegurar o serviço nas vantagens, Djokovic atacou mais a esquerda do suíço e foi premiado com um break. Uma nova quebra de serviço num longo jogo permitiu-lhe servir a 5-4, chegando a dispôr de um set-point. Talvez conhecedor da história entre ambos, em que o sérvio ganhou todos os encontros em que se impôs no set inicial, Federer reagiu, igualou e confirmou o ascendente com um jogo em branco. Djokovic recebeu assistência no cotovelo direito devido às consequências de uma queda mas regressou concentrado e recuperou de 0-30 para forçar o tie-break.

O set-point a 6-5 foi salvo com uma direita fantástica de Federer, praticamente de costas para a rede, mas na segunda oportunidade, o líder do ranking não desperdiçou.

No mais longo jogo do encontro (11 minutos), Federer abriu o segundo set com um break que confirmou facilmente. O suíço chegou a dispor de um break-point para 4-1, mas Djokovic manteve-se por perto e teve oportunidade de quebrar no oitavo jogo, anulada por um ás. Contando com a colaboração de Federer que a servir a 5-4, 40-15, desperdiçou dois set-points e dois jogos mais tarde voltou a servir… para se manter no encontro. E a pressão fez-se sentir: um erro não forçado a 30-30 deu match-point a Djokovic que concretizou num passing-shot de esquerda.

Este foi o 34.º título da carreira do sérvio e sexto no ano — atrás de David Ferrer (sete) e igual a Federer — que fecha com um máximo de 75 encontros ganhos. Djokovic, premiado com 1,3 milhões de euros por ter mantido a invencibilidade durante a semana, é também o primeiro a terminar a época no primeiro lugar do ranking em dois anos consecutivos desde Federer (2004 a 2007).

Federer contentou-se com 628 mil euros, mas continua a ser o jogador com mais sucesso no Masters, com seis títulos e 42 encontros ganhos. Ontem, defrontou um oitavo adversário diferente nas finais da prova, em que participou pela 11.ª vez — só Pete Sampras (11) e Ivan Lendl (12) fizeram igual, mas o suíço não conseguiu imitar este último, que venceu em três anos sucessivos (1985-87).

Federer terminou um excelente ano em que somou seis títulos, incluindo o 17.º do Grand Slam em Wimbledon, regressou ao topo do ranking, conquistou a medalha de prata nos Jogos de Londres, venceu mais de 70 encontros (72) pela primeira vez desde 2006 e termina no top 2 pela nona vez em 10 anos.

Ficou encerrada da melhor forma a época 2012 do ATP World Tour. O último torneio do ano teve uma afluência recorde de 263.229 espectadores na Arena O2 de Londres, ultrapassando o milhão de visitas no total das últimas quatro edições.