Economia da China deverá superar zona euro este ano
Este ano, mostram dados divulgados esta sexta-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), assumirá maior protagonismo do que a zona euro na composição do PIB global. E, ainda antes de 2020, deve tornar-se na primeira potência do mundo, à frente dos Estados Unidos.
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Este ano, mostram dados divulgados esta sexta-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), assumirá maior protagonismo do que a zona euro na composição do PIB global. E, ainda antes de 2020, deve tornar-se na primeira potência do mundo, à frente dos Estados Unidos.
Mas conduzirá a escalada da China – e também da Índia – a uma alteração completa da geografia do poder económico nas próximas décadas? A OCDE fez o exercício de imaginar quais os países que mais vão contribuir para o PIB mundial dentro de 50 anos.
O resultado do relatório Horizonte 2060: perspectivas de crescimento económico global a longo prazo é claro: dentro de meio século, a China será a principal economia do mundo (representará 28% do PIB mundial), a Índia a segunda (18%) e os Estados Unidos a terceira (16%).
O peso dos dois países asiáticos será superior ao do G7 já em 2025. E crescerá nas três décadas seguintes, chegando a 46% em 2060.
O PIB mundial deverá progredir cerca de 3% por ano nos próximos 50 anos. O crescimento será mais forte entre países que não pertencem à OCDE: depois de o conjunto dos 34 membros da organização ter crescido mais de 7% anualmente na última década, deverá cair para 5% nos anos 2020 e cerca de 2,5% nos anos 2050.
O relatório da OCDE incide, no essencial, em cinco os pontos-chave sobre as perspectivas de crescimento: as transformações demográficas, o ajustamento orçamental, as políticas estruturais dos países, os desequilíbrios globais e os progressos técnicos.
O equilíbrio das forças económicas vai mudar de forma substancial até 2060. “As diferenças de produtividade e de qualificação” vão esbater-se entre economias desenvolvidas e emergentes, mas permanecerão as disparidades em relação ao nível de vida.
Em países europeus e algumas economias emergentes, “uma parte” das disparidades de rendimento continuará a dever-se às diferenças no factor mão-de-obra, sustenta-se no mesmo relatório.
Nos países europeus mais envelhecidos, como Portugal, o factor envelhecimento poderá ampliar as desigualdades de rendimento em relação aos Estados Unidos, mesmo com a convergência dos níveis de produtividade e de qualificações, diz a OCDE.