O espanhol da era Khadafi que salvou a Líbia

Foto
Pablo Prieto Foto: DR

Não será a primeira vez que a Líbia participa num Mundial, mas a primeira experiência, há quatro anos, foi pouco memorável. Ainda empatou no seu jogo de estreia, com o Uruguai, e perdeu os três jogos seguintes, mas sempre por poucos golos. A Líbia, que venceu o Egipto na final do campeonato africano em 2008, é um exemplo de como a modalidade se está a desenvolver no continente, onde mais de metade dos países praticam a modalidade.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Não será a primeira vez que a Líbia participa num Mundial, mas a primeira experiência, há quatro anos, foi pouco memorável. Ainda empatou no seu jogo de estreia, com o Uruguai, e perdeu os três jogos seguintes, mas sempre por poucos golos. A Líbia, que venceu o Egipto na final do campeonato africano em 2008, é um exemplo de como a modalidade se está a desenvolver no continente, onde mais de metade dos países praticam a modalidade.

Os nomes do jogadores não são familiares para a maior parte das pessoas e é o seu técnico espanhol quem se destaca. Prieto é seleccionador da Líbia desde 2009, contratado por um sobrinho do antigo ditador líbio Muammar Khadafi, e conduziu a selecção à Tailândia, eliminando a África do Sul com um resultado combinado de 10-4 num “play-off”.

Prieto estava em Tripoli quando a revolta contra Khadafi começou e assistiu de perto à violência que assolou o país: “Edifícios destruídos e em chamas, carros abandonados na rua. Tudo destruído, barricadas por todo o lado. Quando se ouvem tiros, pensa-se que não saímos dali vivos”, contava em 2011 quando regressou da Líbia. Um ano depois, continua com o mesmo emprego, mas quem o contratou já não está no poder.