Fernando Gomes compreende exclusão dos jogos da Liga da lista de interesse público

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Fernando Gomes considera que a crise que o país atravessa justifica a diminuição dos eventos desportivos considerados de interesse público Fernando Veludo/NFactos (Arquivo)

“No caso concreto da I Liga, neste momento, não há transmissão em canal aberto, portanto não foi preciso o decreto para que isso não acontecesse. Eu creio que é, acima de tudo, uma clarificação para o funcionamento do próprio operador do que uma marginalização ou um decréscimo de interesse da modalidade”, afirmou Fernando Gomes, durante a apresentação do plano estratégico do futsal até 2016.

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“No caso concreto da I Liga, neste momento, não há transmissão em canal aberto, portanto não foi preciso o decreto para que isso não acontecesse. Eu creio que é, acima de tudo, uma clarificação para o funcionamento do próprio operador do que uma marginalização ou um decréscimo de interesse da modalidade”, afirmou Fernando Gomes, durante a apresentação do plano estratégico do futsal até 2016.

A transmissão de um jogo por jornada da I Liga, que já não ocorre na presente época, deixou de estar incluída na lista de eventos de interesse público, segundo o despacho, assinado esta quarta-feira pelo ministro da tutela.

A lista, que foi reduzida de 12 para cinco devido “ao actual contexto que o sector da comunicação social atravessa”, segundo disse à Lusa fonte oficial do gabinete do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, constam as participações das selecções principais nas diversas modalidades e as finais de competições internacionais entre clubes em que participem equipas portuguesas nas modalidades de andebol, basquetebol, hóquei em patins, voleibol e atletismo.

“Sinceramente não me parece que se possa intuir desse despacho alguma perda de interesse no caso do futsal e do futebol, trata-se de uma clarificação do envolvimento da estação pública em termos daquilo que são eventos desportivos, em função das situações de crise que vivemos, nomeadamente nos operadores televisivos, e da obrigatoriedade de serem transmitidos”, explicou Fernando Gomes.

Quanto à ausência das competições internacionais de futsal da lista dos eventos que devem ser qualificados de interesse generalizado do público, Fernando Gomes destacou que a modalidade “tem uma expressão e audiência significativa em comparação com as outras modalidades de pavilhão”, referiu Fernando Gomes.

Nesse sentido, o presidente da FPF deu o exemplo da transmissão televisiva, por parte da RTP, dos jogos da selecção lusa no Campeonato do Mundo de futsal de 2012, a disputar na Tailândia, entre 1 e 18 de novembro, na qual a equipa das “quinas” parte com o objectivo inicial de chegar aos oitavos de final.

“O Campeonato do Mundo vai ser disputado pelas melhores 24 selecções do Mundo e nós neste momento estamos no oitavo lugar do ‘ranking’ mundial, inseridos num grupo difícil com o Brasil, Japão e Líbia. O nosso objectivo prioritário é passar à fase seguinte, sendo que passam duas equipas, e depois avançar o mais longe possível”, concluiu Fernando Gomes.