Recessão vai destruir mais de 55 mil empregos em 2013
As novas previsões constam do documento das “Grandes Opções do Plano 2013”, que foi ontem aprovado em Conselho de Ministros e a que o PÚBLICO teve acesso.
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As novas previsões constam do documento das “Grandes Opções do Plano 2013”, que foi ontem aprovado em Conselho de Ministros e a que o PÚBLICO teve acesso.
O Governo prevê agora uma queda do emprego de 1,2% em 2013. Segundo os últimos números do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a população empregada relativos ao segundo trimestre deste ano, esta redução equivalerá à perda de cerca de 56 mil empregos no próximo ano.
As últimas previsões, relativas à quarta avaliação da troika, apontavam para uma quebra do emprego de praticamente metade: -0,7%. Do mesmo modo, foram também ligeiramente revistas as projecções para o número de postos de trabalho perdidos este ano. Em vez de uma queda de 4,2%, o emprego deverá recuar 4,3% este ano: ou seja, serão destruídos cerca de 202 mil postos de trabalho.
As novas previsões do emprego para o próximo ano decorrem da revisão em baixa das projecções para a economia. Em vez de um crescimento tímido de 0,2%, o Governo está agora a prever uma recessão de 1% em 2013.
"Apesar da deterioração da actividade económica, os seus efeitos desfavoráveis sobre o emprego e o desemprego serão contidos - em 2013 - em particular pelos efeitos positivos da desvalorização fiscal prevista", diz o Executivo nas GOP. Ou seja, o Governo acredita que a perda de emprego só não será maior graças à redução da TSU paga pelas empresas, que terá como contrapartida o aumento das contribuições dos trabalhadores para a Segurança Social.
Nas estimativas do Executivo, a aplicação da medida de desvalorização fiscal permitirá aumentar o emprego em cerca de 1% ao fim de dois anos, ou seja, cerca de 50 mil postos de trabalho.
Notícia corrigida às 18h09 Onde se refere a previsão de destruição de 202 mil postos de trabalho em 2012 escreveu-se incorrectamente "202 postos de trabalho".