UGT e confederações patronais vão pedir reunião a Cavaco

“Vamos pedir ao Presidente da República que assuma uma posição clara sobre as novas medidas de austeridade, nomeadamente que peça a fiscalização da constitucionalidade das mesmas”, disse o secretário-geral da UGT em conferência de imprensa.

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“Vamos pedir ao Presidente da República que assuma uma posição clara sobre as novas medidas de austeridade, nomeadamente que peça a fiscalização da constitucionalidade das mesmas”, disse o secretário-geral da UGT em conferência de imprensa.

João Proença assegurou que o pedido de reunião será apresentado pela UGT e pelas quatro confederações patronais, ou seja, pelos signatários do acordo de concertação social assinado em Janeiro.

O sindicalista acusou o Governo de estar a impor medidas que comprometem o diálogo social e político e em particular o acordo para o crescimento e o emprego.

“O esforço brutal é imposto aos salários e às pensões, não é aceitável a continuação dos sacrifícios exigidos às empresas”, disse Proença, garantindo que “a UGT tudo fará para se opor às novas medidas de austeridade”.

O sindicalista prometeu ainda que a central sindical recusará qualquer acordo de concertação relativo a medidas de compensação para quem aufere salários mais baixos mas pôs de parte a possibilidade de renunciar o acordo de Janeiro.

“Continuaremos a bater-nos pelo cumprimento do acordo, embora em clima de conflitualidade social”, disse.

João Proença admitiu que todas as formas de luta poderão ser equacionadas, incluindo a greve geral, mas salientou que, na actual conjuntura, perder um dia de salário para fazer greve pesa muito no orçamento familiar.