Privados perdem mais do que um salário, diz o Jornal de Negócios

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Passos Coelho anunciou mais medidas de austeridade na sexta-feira Miguel Madeira

O primeiro-ministro anunciou na sexta-feira um aumento da contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social, que passará dos actuais 11% para 18%, o que, na prática, segundo o Governo, equivale ao corte de um dos subsídios.

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O primeiro-ministro anunciou na sexta-feira um aumento da contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social, que passará dos actuais 11% para 18%, o que, na prática, segundo o Governo, equivale ao corte de um dos subsídios.

No entanto, de acordo com o Jornal de Negócios, o Governo terá de reduzir de forma significativa as taxas de retenção da fonte de 2013 para evitar que a perda de rendimento anual ultrapasse bastante um salário.

As simulações do Executivo têm implícitas perdas de rendimento que podem chegar a 1,2 salários, diz o mesmo jornal, acrescentando que o Governo se prepara para fazer alterações nas taxas de retenção na fonte mais profundas do que habitualmente, e terá ainda de actuar na dedução específica de forma a evitar que as pessoas que ganham menos tenham uma situação mais agravada do que as pessoas que ganham mais.

O mesmo jornal já avançara que todos os funcionários – do sector público ou privado – terão um corte no vencimento superior à perda de um dos subsídios. Os funcionários públicos perdem um dos subsídios e vão ver o que resta distribuído pelos 12 meses de vencimento, mas, como passam a descontar 18% para a Segurança Social, perdem na prática esse valor diluído nos 12 meses.