A Europa do Sul tem medo da crise, a do Norte teme mais a doença

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Um corretor de Frankfurt reage à descida das acções: a crise amedronta mais a Europa do Sul do que a do Norte Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters

Já se sabia que a instabilidade económica da Europa andava a perturbar o sono de muitos cidadãos e o que estudo da GkF faz é dar uma ideia de quantos sofrerão de “insónias”. Cerca de 82% dos inquiridos – em mais de 4000 entrevistas a cidadãos de 16 países europeus – declararam que o principal medo é a crise económica, sendo que este é mais significativo nos países a Sul, como Espanha (64%), Grécia (57%), Itália (55%) e Portugal (49%).

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Já se sabia que a instabilidade económica da Europa andava a perturbar o sono de muitos cidadãos e o que estudo da GkF faz é dar uma ideia de quantos sofrerão de “insónias”. Cerca de 82% dos inquiridos – em mais de 4000 entrevistas a cidadãos de 16 países europeus – declararam que o principal medo é a crise económica, sendo que este é mais significativo nos países a Sul, como Espanha (64%), Grécia (57%), Itália (55%) e Portugal (49%).

No Norte da Europa e na Alemanha há mais receios relacionados com problemas de saúde do que com a crise. Cerca de 41% dos inquiridos pôs a saúde em primeiro lugar, contrastando com os 33% que optaram pela crise. Os cidadãos que menos se inquietam com a recessão são os russos (23% dos inquiridos).

Imediatamente a seguir à crise económica, no topo dos receios dos europeus, estão a saúde (77%), o futuro das novas gerações (56%) e catástrofes naturais (48%).

Os resultados desta sondagem vão ao encontro de um dos principais temas da actualidade: a falta de confiança nas instituições económicas e políticas nacionais e internacionais. Apenas 3,2% dos europeus confia nos partidos políticos.

Assim, em caso de colapso económico ou catástrofe natural, estes confiariam primeiro em si próprios, como foi dito por 61% dos inquiridos. No mesmo cenário, 36% confiariam na polícia e no exército, ao passo que as organizações não-governamentais foram preferidas por 24%.

Imediatamente a seguir à crise económica, no topo dos receios dos europeus, estão a saúde (77%), o futuro das novas gerações (56%) e catástrofes naturais (48%).

Portugal, por sua vez, aparece destacado como o país que dá mais importância à prevenção de catástrofes naturais (83%), em detrimento da França, onde estes acontecimentos parecem não representar grande preocupação (9%).

Depois da crise, da saúde, do futuro e das catástrofes, os inquiridos apontaram ainda como fontes de preocupação o desemprego (37%), o colapso mundial (29%), a bancarrota (26%), a perda da soberania nacional (27%), os cortes nas pensões (23%) e o terrorismo (22%) – um medo que é mais notório na Noruega, Rússia, Reino Unido e Turquia do que nos países do Sul da Europa.

A mesma sondagem revelou ainda que a estabilidade económica é tida como garantia de segurança. Por exemplo, 49,4% dos europeus acredita que a Alemanha é o país mais seguro em caso de colapso, tanto económico como ambiental, seguida pela Noruega e Reino Unido.

A sondagem foi realizada online, com uma amostra de mais de 4000 pessoas de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 49 anos em Espanha, Portugal, França, Itália, Alemanha, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Estónia, Polónia, Rússia, Grécia, Turquia e Bulgária.