Bolt e a Jamaica, reis da velocidade

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A transmissão do testemunho de Blake para Bolt não foi a melhor, mas mesmo assim o campeão olímpico dos 100m e 200m voou os últimos 100 metros para o ouro e recorde mundial, que já pertencia à Jamaica desde os Mundiais de 2011 (Daegu, Coreia do Sul).

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A transmissão do testemunho de Blake para Bolt não foi a melhor, mas mesmo assim o campeão olímpico dos 100m e 200m voou os últimos 100 metros para o ouro e recorde mundial, que já pertencia à Jamaica desde os Mundiais de 2011 (Daegu, Coreia do Sul).

A Jamaica fechou os 4x100m em 36,84s e foi o primeiro país a descer a fasquia dos 37 segundos.

Uma passada demasiado forte para os EUA que igualaram o recorde mundial anterior (37,04s), agora novo máximo para os americanos. Trindade e Tobago foi terceiro com 38,12s, depois da desqualificação do Canadá, desclassificados por uma irregularidade na última passagem do testemunho.

Os quatro jamaicanos (Michael Frater, Nesta Carter, Yohan Blake e Usain Bolt) são oficialmente os reis da velocidade.

Mais rápidos que os americanos (Trell Kimmons, Justin Gatlin, Tyson Gay e Ryan Bailey) e os de Trindade e Tobago (Keston Bledman, Marc Burns, Emmanuel Callender, Richard Thompson).

A Jamaica conservou o título de campeã olímpica dos 4x100m, na qual Bolt arrecadou a sua terceira medalha de ouro nos Jogos de Londres 2012 pela segunda vez consecutiva, depois de ter ganho também em Pequim, em 2008.

Tal como há quatro anos, Bolt repetiu os triunfos nas três provas em que participou e, soma agora, seis no total.

Apenas o finlandês Paavo Nurmi (9 medalhas de ouro, 1920-1928) e os americanos Carl Lewis (9, 1984-1996) e Ray Ewry (8, 1900-1908) venceram mais que Bolt no atletismo.

A Jamaica, que é também o primeiro país a conservar o ouro nos 4x100m depois dos EUA em 1976, soma ainda as medalhas de prata de Blake nos 100m e 200m conquistadas em Londres.

A França, liderada por Christophe Lemaitre (6.º nos 200m), foi quarta classificada com 38,16s.

Despedida em grande para Bolt

Foi uma despedida de Londres em grande nível, disse bolt: “É sempre experimentar uma bela sensação como esta, ao terminar assim”. “Já o tínhamos feito o ano passado nos Mundiais [de Deagu] e para mim é uma sensação maravilhosa. A equipa deu tudo. Sabia que um novo recorde era possível”.

Também o sabia Carter, que fez a primeira corrida, depois de um ano de treinos intensos: “Esperávamos fazer uma grande marca e foi o que fizemos”.

E até Blake, o homem que foi a Londres discutir com Bolt o reinado e acabou conformado com essa impossibilidade: “Soubemos reagir bem à pressão. Para mim, as medalhas de prata [100m e 200m) e uma de ouro é uma sensação fantástica. Usain apoiou-me em todos os momentos”.