Audiência Nacional admite queixa contra o Bankia e imputa Rodrigo Rato

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Foto: Pedro Armestre/ AFP Photo

Fontes judiciais confirmaram que, além de Rato, estão na lista de “imputados” (pessoas que o tribunal quer ouvir e pode, posteriormente, constituir arguidos) mais de 30 conselheiros das caixas que formaram o grupo Bankia. Entre eles figuram José Luis Olivas, ex-presidente da Bancaja, e o ex-ministro Ángel Acebes.

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Fontes judiciais confirmaram que, além de Rato, estão na lista de “imputados” (pessoas que o tribunal quer ouvir e pode, posteriormente, constituir arguidos) mais de 30 conselheiros das caixas que formaram o grupo Bankia. Entre eles figuram José Luis Olivas, ex-presidente da Bancaja, e o ex-ministro Ángel Acebes.

O juiz da Audiência Nacional Fernando Andreu adoptou a decisão depois de a Procuradoria Anticorrupção ter apresentado um texto a favor da queixa que a União Progresso e Democracia (UPyD) apresentou por burla e outros delitos contra todos os membros do conselho de administração da Bankia e da sua holding, a BFA.

Queixa dos “indignados” entrou no mês passado

Em Junho, um grupo de elementos ligados ao “movimento 15M” (conhecido como dos “indignados”) entregou na justiça um processo contra Rodrigo Rato e os restantes elementos da direcção da Bankia.

A queixa deu entrada no dia 14 do mês passado na Audiência Nacional em Madrid e conta com o apoio de, pelo menos, 13 accionistas que, segundo o advogado contratado pelo movimento 15M, Juan Moreno, foram “completamente enganados” pelo Conselho de Administração em funções no Bankia em 2011, e do qual fazia parte Rodrigo Rato, antigo ministro dos governos do PP de José Maria Aznar e antigo membro da direcção do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O processo pretende levar Rodrigo Rato a tribunal pelo alegado delito de falsidade no processo de cotização em bolsa do Bankia em 2010. Na altura, as acções do banco valiam 3,75 euros e actualmente estão cotadas a 1,0 euro.

O resgate público do Bankia, no montante de 23,5 mil milhões de euros, precipitou Espanha numa crise financeira e conduziu a zona euro a anunciar um plano de ajuda aos bancos espanhóis.