AMI lança marca nacional de solidariedade à venda nos hipermercados

Foto
Quem recorre à AMI pede alimentos, apoio social e roupas Nelson Garrido

“A SOS Pobreza é uma marca nacional de solidariedade lançada pela AMI com o objectivo de ajudar a combater a pobreza que existe entre nós”, disse Fernando Nobre, presidente da organização, adiantando que a iniciativa “foi feita a pensar nos que têm verdadeiras necessidades”: “É uma luta contra a pobreza, é uma campanha solidária e o benefício dela serão investidos nos projectos sociais da AMI”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“A SOS Pobreza é uma marca nacional de solidariedade lançada pela AMI com o objectivo de ajudar a combater a pobreza que existe entre nós”, disse Fernando Nobre, presidente da organização, adiantando que a iniciativa “foi feita a pensar nos que têm verdadeiras necessidades”: “É uma luta contra a pobreza, é uma campanha solidária e o benefício dela serão investidos nos projectos sociais da AMI”.

“Conseguimos congregar a vontade de nove produtores nacionais, entre eles, algumas cooperativas, e de quatro distribuidores nacionais (Jumbo, Pingo Doce, Leclerc e Continente), que disponibilizaram 52 grandes superfícies em 44 localidades do país”, adiantou.

O SOS Pobreza vai colocar nos hipermercados 30 produtos a “preço justo”, que vão desde o arroz, à farinha, óleo, azeite, água, sumos, fruta, legumes e papel higiénico. “São produtos a preço justo porque é uma campanha apoiada por produtores nacionais, porque entendemos que também merecem a sua própria sustentabilidade”, disse.

Segundo Fernando Nobre, os resultados da campanha reverterão exclusivamente para os 17 projectos sociais da AMI espalhadas pelo país, como os centros Porta Amiga, os abrigos, as residências sociais, as equipas de rua.

“É uma campanha que esperamos vir a ter o maior sucesso já que os preços são justos, o que permitirá às pessoas comprarem produtos básicos, essenciais, a um preço muito acessível” sublinhou.

Fernando Nobre adiantou que a AMI registou um aumento de 10% na afluência aos seus equipamentos sociais face ao período homólogo de 2011.

Os 12 centros sociais da AMI apoiaram 10.030 pessoas no primeiro semestre do ano, o que corresponde ao dobro das auxiliadas durante todo o ano de 2009, “o ano do arranque da grande tragédia financeira em Portugal e também em outras partes do mundo”, elucidou.

“A pressão está a ser muito grande”, mas a AMI tem conseguido manter em funcionamento todos os seus equipamentos e todos os colaboradores, um “esforço colossal numa altura em que os donativos estão em queda”, frisou.

Segundo a organização humanitária, um quarto das pessoas procuraram os serviços sociais da AMI pela primeira vez.

Os serviços sociais mais utilizados nos primeiros seis meses do ano foram pedidos de alimentos (57%), seguindo-se o apoio social (54%) e roupas (42%). A maioria estava em idade activa, um quarto tem menos de 16 anos e 7% tem mais de 65 anos, sendo sobretudo cidadãos portugueses e com baixas habilitações literárias.