Os “homens de negro” não virão resgatar Espanha, diz o ministro das Finanças

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Foto: Andrea Comas/ Reuters (arquivo)

Em entrevista à Onda Cero, Cristóbal Montoro rejeitou que haja pressões de países europeus, como a Alemanha, para um eventual resgate ao país e defendeu as medidas e reformas aprovadas até agora pelo seu executivo.

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Em entrevista à Onda Cero, Cristóbal Montoro rejeitou que haja pressões de países europeus, como a Alemanha, para um eventual resgate ao país e defendeu as medidas e reformas aprovadas até agora pelo seu executivo.

“O que nos pedem é que façamos os deveres em casa e o que lhes pedimos a eles, não apenas à Alemanha mas a todos os países do clube do euro, é que façamos mais Europa, sem nos esquecer de fazer as nossas tarefas de casa”, disse.

Para Montoro, os credores de Espanha não acreditam que a economia caia e que a maior dificuldade é precisamente a dívida externa, sob pressão nos mercados.

“Mas para pagar essa dívida temos que fazer em Espanha os deveres. O risco da dívida é uma forma de nos pressionar, de nos dizer que temos que fazer as reformas em Espanha o quanto antes para voltar aos mercados”, disse.

A par dos esforços espanhóis, porém, é necessário que as instituições europeias se pronunciem com clareza sobre a união bancária na União Europeia, sendo que, disse sem concretizar, as necessidades de recapitalização das entidades financeiras espanholas “não são excessivas”.

Montoro afirmou que a questão da união bancária se deveria resolver antes da cimeira europeia do final deste mês, considerando que as declarações dos últimos dias demonstram que as instituições europeias estão a movimentar-se cada vez mais.