Facebook: 80% dos utilizadores ignora publicidade

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As empresas não devem pedir acesso ao que um trabalhador partilhou no Facebook Thomas Hodel/Reuters

O questionário realizado pela Reuters/Ipsos a 1032 americanos indica que os 900 milhões de utilizadores não aderem às sugestões e comentários publicitários que circulam na rede social. A empresa fundada por Mark Zuckerberg, que viu o seu valor cair 29% desde foi cotada em bolsa no mês passado, passando de 104 mil milhões de dólares para 74 mil milhões, vê mais uma vez a sua valia ser posta em causa.

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O questionário realizado pela Reuters/Ipsos a 1032 americanos indica que os 900 milhões de utilizadores não aderem às sugestões e comentários publicitários que circulam na rede social. A empresa fundada por Mark Zuckerberg, que viu o seu valor cair 29% desde foi cotada em bolsa no mês passado, passando de 104 mil milhões de dólares para 74 mil milhões, vê mais uma vez a sua valia ser posta em causa.

A somar-se à atribulada recepção em Wall Street, juntam-se agora os dados deste estudo, que concluí ainda que 44% dos utilizadores afirmam ter ficado com uma opinião menos positiva sobre a empresa, depois da sua entrada no mercado, e que 34% dos utilizadores está a passar menos tempo na rede.

Publicidade via email é mais efectiva do que no Facebook

Embora o estudo da Reuters/Ipsos não tenha abordado outras formas de publicidade online, um estudo de Fevereiro da empresa eMarketer sugere que a publicidade no Facebook chega a ser menos eficaz do que a publicidade feita através de emails.

“Isto mostra que o Facebook tem que se empenhar mais para que os seus anúncios se tornem mais efectivos e relevantes para as pessoas”, afirma Debra Williamson, analista da eMarketer.

Estas preocupações tornaram-se mais evidentes no mês passado, quando a General Motors , que é a terceira maior investidora publicitária nos Estados Unidos, anunciou que ia retirar os seus anúncios da rede social.

O Facebook recusou-se a comentar todos os dados desta pesquisa, preferindo referir factos positivos, avançando que empresas como a Nutella, tiveram um aumento de vendas no valor de 15%, e que a cadeia de restaurantes Applebee’s voltou ao negócio após começar a anunciar na rede social.

Muito embora os 900 milhões de utilizadores tenham colocado o Facebook entre uma das páginas mais populares da internet, a rivalizar com empresas como o Google e o Yahoo, ainda nem toda a gente está convencida que a rede social tenha percebido como traduzir a sua popularidade em real valor de mercado.