Desemprego histórico entre os jovens não descerá antes de 2016

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Europa tem sido uma das regiões mais afectadas REUTERS/Marcelo del Pozo

O estudo “Tendências mundiais do emprego dos jovens” (disponível na íntegra aqui, em PDF) prevê que a taxa de desemprego nesta faixa etária suba para 12,7% este ano, ultrapassando em 0,1 pontos percentuais os níveis registados em 2011. Serão 75 milhões os jovens sem trabalho neste momento, o que significa um acréscimo de quatro milhões face a 2007.

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O estudo “Tendências mundiais do emprego dos jovens” (disponível na íntegra aqui, em PDF) prevê que a taxa de desemprego nesta faixa etária suba para 12,7% este ano, ultrapassando em 0,1 pontos percentuais os níveis registados em 2011. Serão 75 milhões os jovens sem trabalho neste momento, o que significa um acréscimo de quatro milhões face a 2007.

“Desencorajados pelos elevados níveis de desemprego, muitos jovens desistiram de procurar trabalho ou decidiram adiar esse objectivo, optando por manter-se no sistema de ensino”, refere a OIT, acrescentando que a Europa tem sido uma das regiões mais afectadas por este problema, tendo a taxa alcançando 18% em 2011.

De acordo com as previsões inscritas neste relatório, os níveis históricos de desemprego entre os jovens que se verificam desde o início da crise deverão manter-se até 2016, pelo menos.

Para a OIT, será necessário que os governos avancem com medidas para combater esta situação, nomeadamente incentivando o empreendedorismo, concedendo incentivos às empresas e diminuindo a carga fiscal, ao mesmo tempo reforçando o sistema de protecção social dos jovens.

“A crise do desemprego dos jovens pode ser vencida desde que a criação de emprego para os jovens se torne uma prioridade essencial no processo político e que os investimentos no sector privado acelerem radicalmente”, afirmou o director executivo da organização para a área do emprego, José Manuel Salazar-Xirinachs.