Luís Pardal sai da Refer três meses depois de terminado o mandato

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Luís Pardal Nuno Ferreira Santos

Luís Pardal, que deverá reformar-se, evoca razões pessoais para o abandono do cargo, dado que o seu mandato terminou no final de Janeiro. Nessa altura informou a Tutela que pretendia sair e deu mais três meses para que o Governo nomeasse nova administração.

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Luís Pardal, que deverá reformar-se, evoca razões pessoais para o abandono do cargo, dado que o seu mandato terminou no final de Janeiro. Nessa altura informou a Tutela que pretendia sair e deu mais três meses para que o Governo nomeasse nova administração.

Com as contas de gerência de 2011 aprovadas em Março, o presidente da Refer decidiu ainda esperar um mês antes de renunciar formalmente ao cargo, tendo-o feito ontem, último dia do mês de Abril.

Luís Pardal estava há sete anos na presidência da gestora de infra-estruturas ferroviárias depois de ter sido nomeado por Mário Lino durante o primeiro mandato de José Sócrates.

Antes fora administrador da Ferbritas, uma empresa de consultoria que pertenceu à CP e passou a ser detida depois pela Refer.

O PÚBLICO apurou que a decisão de Luís Pardal é pacífica e que não resultou de nenhum conflito aberto com a Tutela. No entanto, é certo que a Refer, enquanto empresa detentora do “know how” ferroviário e herdeira da Rave (empresa constituída para o projecto da alta velocidade), foi praticamente ignorada pelo actual Governo no que diz respeito às decisões (ou a ausência de decisões) relacionadas com o caminho-de-ferro, nomeadamente a linha em bitola europeia para Espanha que o Governo anunciou e que não teve o aval técnico da Refer.