Árbitros aceitam continuar a apitar, mas à condição

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Fernando Gomes, presidente da FPF Foto: Enric Vives-Rubio

No final de uma reunião que juntou os responsáveis da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, do Conselho de Arbitragem da FPF, Vítor Pereira, e da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, Gustavo Sousa, para além de oito dos nove árbitros internacionais de futebol, foi tornado público o compromisso de realizar a próxima jornada.

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No final de uma reunião que juntou os responsáveis da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, do Conselho de Arbitragem da FPF, Vítor Pereira, e da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, Gustavo Sousa, para além de oito dos nove árbitros internacionais de futebol, foi tornado público o compromisso de realizar a próxima jornada.

“Os árbitros comprometeram-se a apitar a próxima jornada”, afirmou Fernando Gomes. O presidente da FPF sublinhou, porém, que se os ataques à dignidade e honorabilidade dos árbitros continuarem, a paralisação do futebol português é um cenário em cima da mesa.

Questionado sobre que garantias tem relativamente à realização das jornadas que faltam até ao final do campeonato, Fernando Gomes disse que tal depende do comportamento de clubes e dirigentes nas próximas semanas. “As pessoas são livres de fazer críticas, desde que não ponham em causa a honra dos árbitros. Apelo a todos os clubes e dirigentes no sentido de evitar que o futebol em Portugal pare”, frisou.

“Temos pela frente seis jornadas de grande intensidade, com uma competitividade fora do comum. Se este estado continuar, os árbitros tomarão medidas drásticas”, vincou o dirigente. Fernando Gomes referia-se aos eventos recentes em torno da arbitragem, que incluíram e divulgação pública de dados pessoais dos árbitros de primeira categoria, e também ameaças à integridade física.

“Faço um apelo, para que haja muita contenção. Critiquem do ponto de vista técnico, mas não ponham em causa a honra dos árbitros”, prosseguiu Fernando Gomes, aludindo a um “código de honra” a ratificar por clubes e dirigentes e que trave as declarações “antes e depois dos jogos” sobre arbitragem.