Economia portuguesa contraiu-se 1,5% em 2011

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A forte queda dso PIB resulta sobretudo da redução do consumo e do investimento Foto: Paulo Ricca

Esta queda homóloga do PIB – produto interno bruto, o indicador que mede o volume de bens e serviços produzidos no país – no quarto trimestre decorre de uma queda de 1,3% face ao trimestre anterior, um forte agravamento face às baixas consecutivas que se registam desde o quarto trimestre de 2010 e que confirma que a economia portuguesa em recessão há um ano.

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Esta queda homóloga do PIB – produto interno bruto, o indicador que mede o volume de bens e serviços produzidos no país – no quarto trimestre decorre de uma queda de 1,3% face ao trimestre anterior, um forte agravamento face às baixas consecutivas que se registam desde o quarto trimestre de 2010 e que confirma que a economia portuguesa em recessão há um ano.

A forte queda do PIB no final do ano passado resulta sobretudo da queda da procura interna, “associado particularmente às diminuições mais expressivas do investimento e das despesas de consumo final das famílias”, segundo explica o INE na nota que acompanha estes dados, que são ainda uma estimativa rápida e por isso é natural que possam ser ainda revistos. No entanto, devido a dimensão da queda uma eventual revisão não alterará o panorama.

O aspecto positivo das contas do final do ano passado é que o contributo das contas externas para o PIB melhorou, mas devido sobretudo a uma queda “acentuada” das importações – o corte do subsídio de Natal deverá ter ajudado, tal como à queda geral do consumo investimento. As exportações estavam a desacelerar, mas “mantiveram um crescimento homólogo elevado”.

A recessão de 1,5% no ano passado seguiu-se a um crescimento de 1,4% em 2010 e a uma queda de 2,9% em 2009, o que significa que o PIB do ano passado deverá ter ficado próximo do nível do de 2009.

O recuo de 1,35 do PIB no quarto trimestre segue-se a recuos de respectivamente 0,6%, 0,2%, 0,6% nos terceiro, segundo e primeiro trimestres de 2011. No final de 2010 tinha já caído 0,4%.

Notícia actualizada às 10h43