Milhares de peixes concentram-se à superfície em barragem em Arraiolos

A maioria dos peixes “não está a morrer”, mas “está à superfície”, descreveu o vereador da Câmara de Arraiolos Francisco Fortio. “Os peixes estão todos amontoados, à superfície, com a boca fora de água. Mas o certo é que, se os tentarmos apanhar, fogem”, acrescentou.

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A maioria dos peixes “não está a morrer”, mas “está à superfície”, descreveu o vereador da Câmara de Arraiolos Francisco Fortio. “Os peixes estão todos amontoados, à superfície, com a boca fora de água. Mas o certo é que, se os tentarmos apanhar, fogem”, acrescentou.

Escusando-se a avançar uma explicação para o “fenómeno”, o autarca fez questão, contudo, de realçar que a água da barragem não serve para abastecimento público das populações.

A situação foi detectada há cerca de três semanas pela Associação dos Regantes e Beneficiários do Divor, adiantou o autarca, referindo que já foram informados o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR e a Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Tejo.

Fonte da GNR confirmou que o SEPNA está a acompanhar o “problema” e detectou “algumas centenas de peixes mortos, sobretudo carpas e pimpões”, tendo alertado “há cerca de oito dias” as entidades competentes sobre a matéria.

A Lusa constatou no local que uma grande quantidade de peixes, sobretudo carpas e pimpões, está concentrada na zona do descarregador da barragem.

O vereador da Câmara de Arraiolos disse que “o veterinário municipal tem feito o acompanhamento quase diário do problema” e que o município está a aguardar indicações das autoridades.

A Lusa contactou a ARH do Tejo, mas não obteve quaisquer esclarecimentos.