Holanda dá mais garantias às iniciativas privadas, diz Alexandre Soares dos Santos

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Alexandre Soares dos Santos explica que a mudança de capital para a Holanda se deveu à falta de estabilidade fiscal em Portugal Nuno Ferreira Santos

Alexandre Soares dos Santos diz ter ficado surpreendido com as críticas à decisão de a SFMS transferir para uma sucursal na Holanda a participação de 56,1% que detém no grupo Jerónimo Martins (JM), dono do Pingo Doce. Na entrevista ao Expresso, que será publicada no sábado – e que o jornal diz ter sido agendada antes de a polémica estalar -, Soares dos Santos, que é também presidente não executivo da JM, diz-se apanhado no meio de uma guerra política.

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Alexandre Soares dos Santos diz ter ficado surpreendido com as críticas à decisão de a SFMS transferir para uma sucursal na Holanda a participação de 56,1% que detém no grupo Jerónimo Martins (JM), dono do Pingo Doce. Na entrevista ao Expresso, que será publicada no sábado – e que o jornal diz ter sido agendada antes de a polémica estalar -, Soares dos Santos, que é também presidente não executivo da JM, diz-se apanhado no meio de uma guerra política.

“Aceito perfeitamente que não gostem daquilo que represento. A iniciativa privada nunca foi nada de que o português gostasse. O que não aceito são ataques pessoais", disse.

Alexandre Soares dos Santos explica que a decisão (tornada pública segunda-feira e que ocorreu no final de Dezembro) se deveu à falta de estabilidade fiscal em Portugal e ao facto de a Holanda ser o país que “melhores garantias oferece à iniciativa privada”. Além disso, as dúvidas quanto ao futuro do euro criam um enorme clima de incerteza em Portugal, cita o semanário. A transferência não foi determinada por questões ligadas a impostos, garante, admitindo no entanto que no futuro haverá vantagens fiscais.