EDP: alemã E.ON faz proposta de compra com promessa de desenvolver renováveis em Portugal

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E.ON pode deslocar para Portugal departamentos envolvidos nos projectos com fontes renováveis Filipe Arruda

A mesma publicação refere que, em reunião realizada na quinta-feira, o conselho fiscal da E.ON deu “luz verde” ao presidente executivo, Theyssen, para avançar com a operação, que consiste na compra a Portugal da sua quota de 21,35% na EDP.

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A mesma publicação refere que, em reunião realizada na quinta-feira, o conselho fiscal da E.ON deu “luz verde” ao presidente executivo, Theyssen, para avançar com a operação, que consiste na compra a Portugal da sua quota de 21,35% na EDP.

O governo PSD/CDS reduziu recentemente a quatro os candidatos à compra da referida quota, dando também preferência aos alemães. Além da E.ON, os outros candidatos escolhidos foram as brasileiras Electrobras e Cemig e a chinesa Three Gorges. Portugal tenciona concluir o processo de privatização da EDP, incluído nas medidas de ajustamento orçamental negociadas com a troika, até ao final deste ano.

A participação da E.ON na EDP é encarada como parte da nova estratégia da maior empresa alemã do ramo para investir mais em energias renováveis em Portugal, nomeadamente na energia eólica e na energia solar. Com a aquisição da EDP, a E.ON pode tornar-se líder do mercado mundial no sector das renováveis. De resto, o facto de a empresa portuguesa operar no Brasil também é relevante.

Segundo a Der Spiegel, a transacção deverá estar concluída ainda este ano e, embora a E.ON suponha que os investidores chineses tenham feito uma proposta mais avultada, a empresa alemã acha que terá hipóteses de ganhar o concurso, graças aos seus planos de investir nas energias renováveis em Portugal.

Assim, se o governo português decidir vender a sua quota na EDP à E.ON, esta poderá deslocar para Portugal os departamentos que estarão envolvidos nos projectos com fontes renováveis, adianta o semanário de Hamburgo. A E.ON recusou-se, até agora, a comentar a notícia.

Os quatro grupos concorrentes à privatização da EDP entregaram na sexta-feira as propostas vinculativas à compra da posição pública na eléctrica, que deverá estar concluído até ao final de Janeiro. Pelo caminho ficaram a indiana Birla, por não satisfazer as condições do governo societário nem o preço, e a japonesa Marubeni, devido a uma avaliação menos satisfatória do projecto estratégico.

Título e notícia corrigida às 21hh55:

corrige informação sobre valor da oferta, que não é conhecido; a Lusa confundiu o valor da oferta com o valor em que está avaliada a EDP.