Alemanha emite menos dívida do que o esperado

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Angela Merkel, chanceler alemã Thomas Peter/Reuters

A Alemanha financiou-se a uma taxa média de 1,98%. Os analistas reagiram a esta emissão notando tratar-se de um resultado inquietante que poderá agravar os receios sobre o agudizar da crise da dívida europeia, sendo a Alemanha a maior economia europeia e as suas obrigações a referência nos mercados de dívida.

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A Alemanha financiou-se a uma taxa média de 1,98%. Os analistas reagiram a esta emissão notando tratar-se de um resultado inquietante que poderá agravar os receios sobre o agudizar da crise da dívida europeia, sendo a Alemanha a maior economia europeia e as suas obrigações a referência nos mercados de dívida.

Apesar dos receios revelados pelos analistas, o instituto que gere as emissões de dívida do país, a Agência Financeira Alemã, tentou serenar o mercado logo no momento em que revelou os detalhes da emissão. “Este resultado não significa em nenhum caso uma escassez do financiamento” ao Estado alemão, sendo reflexo da volatilidade actual dos mercados, sustentou o instituto.

As obrigações alemãs são consideradas, na actual conjuntura, um refúgio mais seguro para a compra de títulos de dívida nos mercados primários (leilões de obrigações) e nos mercados secundários (revenda de dívida).

Para Marc Ostwald, analista da empresa de gestão de fundos e análise de mercados Monument Securities, a emissão revelou-se “um desastre total e absoluto”, segundo disse à Reuters.

Nos mercados secundários, a taxa de juro da dívida a dez anos está hoje a subir, para 2,002%.