Técnico da selecção de râguebi de Samoa multado em 100 porcos

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Vaea pagou a multa, mas em dinheiro Foto: DR

As acusações de comportamento incorrecto durante o Mundial de râguebi levaram os líderes da aldeia de Mathew Vaea a multá-lo. Como castigo por manchar o título honorário de “tuala”, que lhe tinha sido atribuído pela aldeia de Leauva’a, Vaea terá que pagar 100 porcos.

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As acusações de comportamento incorrecto durante o Mundial de râguebi levaram os líderes da aldeia de Mathew Vaea a multá-lo. Como castigo por manchar o título honorário de “tuala”, que lhe tinha sido atribuído pela aldeia de Leauva’a, Vaea terá que pagar 100 porcos.

“O título de ‘tuala’ recebeu publicidade negativa nos meios de comunicação porque Mathew não desempenhou as suas funções de técnico da equipa de Samoa”, disse o chefe de Leauva’a, Vaifale Iose, em declarações reproduzidas pelo jornal “Samoa Observer”.

Vaifale Iose esclareceu ainda que, em vez de entregar fisicamente os 100 bácoros à aldeia, Vaea pagou uma multa de 2000 tala (a moeda de Samoa, uma quantia equivalente a 613 euros) e pediu desculpas formais aos anciãos.

A prestação de Samoa no Mundial de râguebi não foi brilhante: duas vitórias e duas derrotas que ditaram a eliminação na fase de grupos.

No mês passado, o capitão de Samoa, Mahonri Schwalger, entregou ao primeiro-ministro um relatório devastador sobre a conduta dos dirigentes da selecção durante o Mundial. Schwalger acusava Vaea de “não querer estar” na Nova Zelândia, acrescentando que era comum o técnico desaparecer durante dias. Quando estava presente, costumava beber regularmente e tratar a campanha da equipa como umas férias, podia ainda ler-se.

O primeiro-ministro, que é também presidente da Federação de râguebi de Samoa, ordenou uma auditoria completa aos fundos atribuídos à equipa para a participação no Mundial.