Passos Coelho: “Não contem comigo para alimentar polémicas com o Presidente”

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Passos diz que o OE "traduz um esforço o mais equilibrado possível na distribuição dos sacrifícios" Miguel Manso/arquivo

Questionado pelos jornalistas à margem do 4º Congresso Nacional dos Economistas, em Lisboa, Passos Coelho reagiu às declarações de Cavaco Silva sobre o facto de a eliminação dos subsídios de férias e de Natal aos funcionários públicos violar a equidade fiscal, dizendo: “Nunca ninguém contará comigo, em especial em momentos de tantas dificuldades como este, para estar a contribuir para alimentar qualquer polémica, ainda para mais com o senhor Presidente”.

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Questionado pelos jornalistas à margem do 4º Congresso Nacional dos Economistas, em Lisboa, Passos Coelho reagiu às declarações de Cavaco Silva sobre o facto de a eliminação dos subsídios de férias e de Natal aos funcionários públicos violar a equidade fiscal, dizendo: “Nunca ninguém contará comigo, em especial em momentos de tantas dificuldades como este, para estar a contribuir para alimentar qualquer polémica, ainda para mais com o senhor Presidente”.

“O Senhor Presidente conta com todo o apoio do Governo e eu estou convencido que o Governo continuará a contar com todo o apoio do Senhor Presidente”, acrescentou.

Passos Coelho disse ainda que o Orçamento do Estado de 2012, “sendo extremamente difícil para todos os portugueses, traduz um esforço o mais equilibrado possível na distribuição dos sacrifícios que todos teremos de fazer”.

Durante o discurso de encerramento do Congresso, o primeiro-ministro tinha já respondido indirectamente às declarações do Presidente da República, ao afirmar que, “num ano em que a nossa economia será atingida por uma contracção de crédito particularmente severa, seria imprudente agravar ainda mais a carga fiscal no sector privado”.

Passos Coelho salientou que as empresas já estão a confrontar-se com exigências difíceis e sacrifícios associados à redução dos seus custos operacionais, pelo que não devem estar ao serviço do esforço de consolidação orçamental, mas do crescimento económico. “Seria tão injusto quanto imprudente fazer a consolidação orçamental que não predominantemente pelo lado da despesa”, conclui.