IVA a 23% no golfe terá efeitos “devastadores”, dizem os industriais do sector

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O CNIG reuniu com a Confederação do Turismo Português Adriano Miranda

Uma carta do CNIG enviada aos seus membros e aos outros campos de golfe refere que “as expectativas são as piores, face à absoluta perda de competitividade” em relação ao principal concorrente de Portugal, a Espanha, que aplica a taxa de 8% na modalidade.

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Uma carta do CNIG enviada aos seus membros e aos outros campos de golfe refere que “as expectativas são as piores, face à absoluta perda de competitividade” em relação ao principal concorrente de Portugal, a Espanha, que aplica a taxa de 8% na modalidade.

O CNIG alerta para as “gravíssimas consequências” provocadas pela alteração da taxa do IVA aplicada ao sector, nomeadamente a “diminuição de praticantes” e a “fragilização de uma indústria exportadora”, recordando que “Portugal é hoje um dos três melhores destinos de golfe do mundo”.

A nota refere ainda as “enormes perdas em outras actividades turísticas complementares ao golfe, tais como a hotelaria, a restauração e o turismo residencial”, que “irão fazer-se sentir, com especial incidência nos destinos tradicionalmente de ‘sol e mar’”.

O CNIG, que hoje se reuniu com a Confederação do Turismo Português (CTP), garante que continuará a lutar para que a indústria possa ser “uma das alavancas do crescimento das exportações em Portugal” e um sector “fundamental no combate à sazonalidade” que tem sido afectado pela crise.

A carta começa por explicar que “até agora a taxa aplicada nos ‘green fees’ [preço por volta] foi de 6% equiparada à taxa aplicada na hotelaria”, uma situação pela qual o CNIG e a CTP continuarão a bater-se.