Viticultores consideram acertada a medida de manutenção do IVA para o vinho

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Viticultores do Douro respiram de alívio e dizem que "vale a pena lutar" Paulo Ricca

O primeiro-ministro anunciou, na quinta-feira, que o Orçamento para 2012 “reduz consideravelmente o âmbito de bens da taxa intermédia do IVA, embora assegure a sua manutenção para um conjunto limitado de bens cruciais” para sectores como a vinicultura e a agricultura.

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O primeiro-ministro anunciou, na quinta-feira, que o Orçamento para 2012 “reduz consideravelmente o âmbito de bens da taxa intermédia do IVA, embora assegure a sua manutenção para um conjunto limitado de bens cruciais” para sectores como a vinicultura e a agricultura.

A subida da taxa para os 23% poderia, segundo António Saraiva, da Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP), “penalizar o sector primário, que já está com muitas dificuldades”.

“Já há uma quebra de vendas efectiva, do poder de compra e essa quebra poderá assim ser um pouco mais controlada. Foi uma medida acertada”, afirmou em declarações à Agência Lusa.

Berta Santos, da Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (AVIDOURO), disse que esta manutenção demonstra que “vale a pena lutar”.

“Desde o primeiro momento em que se começou a falar na possibilidade do IVA aumentar para este sector que lutamos contra e em defesa dos vitivinicultores durienses”, salientou.

Os dados mais recentes da comercialização de vinho do Porto, referente aos últimos 12 meses, até Agosto, apontam para que, no final do ano, se atinja o volume de vendas de 9,3 milhões de caixas e 361 milhões de euros. Ou seja, menos 3,3% em vendas que em 2010 e menos 2,8% em volume de negócios.

No final do primeiro semestre verificava-se uma quebra de 9,3% no volume e de 9,4% no valor.