Durão Barroso confirma proposta para “acção coordenada de recapitalização” dos bancos

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Durão Barroso defende que o sistema financeiro terá de retribuir as ajudas. Francois Lenoir/Reuters

“Propusemos aos Estados-membros para avançarem com uma acção coordenada para recapitalizarem os bancos e desembaraçarem-se de activos tóxicos”, disse Durão Barroso, numa entrevista realizada pela Euronews em que respondeu a questões colocadas por cidadãos, através do Youtube.

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“Propusemos aos Estados-membros para avançarem com uma acção coordenada para recapitalizarem os bancos e desembaraçarem-se de activos tóxicos”, disse Durão Barroso, numa entrevista realizada pela Euronews em que respondeu a questões colocadas por cidadãos, através do Youtube.

Em resposta, os mercados de acções aprofundaram os ganhos que já apresentavam desde o início da sessão, e que tinham tido início na véspera. Pelas 10h37, o PSI20, principal índice da bolsa lisboeta, estava a ganhar 1,52%, enquanto em Londres, o Footsie100 avançava 3,19%.

O comissário para os Assuntos Económicos, Olli Rehn, tinha já estimado que o capital dos bancos europeus deveria ser “reforçado a fim de lhes dar uma margem de segurança e desta forma reduzir a incerteza” nos mercados.

Já o Fundo Monetário Internacional sugeriu ontem, quarta-feira, a injecção de 100 a 200 mil milhões de euros nos principais bancos europeus para se conseguir a estabilização do sector.

Também Agela Merkel, a chanceler alemã, já tinha apelado à Europa para acelerar as acções para recapitalizar os bancos que disso tenham necessidade e parar com a crise da dívida soberana.

Os alarmes soaram mais fortes esta semana, devido às dificuldades que o banco franco-belga está a atravessar por estar fortemente exposto à dívida dos países em maiores dificuldades.

Na entrevista de hoje, o presidente da Comissão Europeia lembrou que desde 2008, as ajudas para o sector financeiro ascenderam a 500 mil milhões de euros, e contando com garantias ultrapassam um bilião. No conjunto, as medidas para relançar as economias totalizam já mais de quatro biliões de euros “de dinheiro dos contribuintes”, admitiu.

“Por isso considero que sistema financeiro deve agora dar um contributo para a sociedade”, salientou, defendendo que Bruxelas está empenhada em avançar com um imposto global sobre a banca.

Notícia actualizada às 10h58