Principal accionista do UBS critica “falhas” que permitiram fraude financeira

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Valor calculado da fraude financeira foi revisto em alta pelo UBS Andrew Winning/Reuters

A primeira posição pública do fundo soberano GIC desde que foi tornado público o caso de fraude financeira no UBS foi conhecida hoje, depois de um encontro dos responsáveis da instituição com o presidente executivo do grupo UBS, Oswald Grübel.

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A primeira posição pública do fundo soberano GIC desde que foi tornado público o caso de fraude financeira no UBS foi conhecida hoje, depois de um encontro dos responsáveis da instituição com o presidente executivo do grupo UBS, Oswald Grübel.

Em comunicado, o GIC disse que o encontro serviu para discutir o caso e expressou “decepção e preocupação com as falhas” que permitiram que não fosse evitada a maior perda financeira do UBS.

O fundo, que detém 6,4% do grupo suíço, espera agora que o banco tome medidas para “restaurar a confiança no banco”.

Oswald Grübel já anunciou estar a acelerar mudanças na dimensão e na estrutura do banco e, segundo a AFP, quer receber da direcção um voto de confiança para levar a cabo o plano de reestruturação. No comunicado, o GIC não refere se a direcção quer, ou não, que o responsável se mantenha no cargo.

Grübel tem mandato à frente do banco até 2013, mas a sua permanência dependerá ainda do que decidirem os investidores até 17 de Novembro.

A fraude de 2,3 mil milhões de dólares numa sucursal do banco em Londres foi denunciada internamente, levando à detenção e acusação, na semana passada, de Kewku Adoboli, um corretor de mercado da instituição de quem as autoridades suspeitam ser o responsável pelo incidente.

Kewku Adoboli era um dos responsáveis pela divisão que acompanhava as transacções em bolsa dos clientes os recursos do próprio banco e é suspeito de ter escondido os riscos associados a investimentos gerando dados fictícios.