Há um clone do Ikea na cidade das lojas falsas da Apple

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Desde o tradicional tema azul e amarelo, aos sinais, espaços (inclusive um restaurante), peças de mobiliário e até mesmo aos sacos e lápis miniaturas, tudo parece igual o Ikea, relata a agência Reuters. Mas esta loja do sudoeste da China não pertence à multinacional sueca.

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Desde o tradicional tema azul e amarelo, aos sinais, espaços (inclusive um restaurante), peças de mobiliário e até mesmo aos sacos e lápis miniaturas, tudo parece igual o Ikea, relata a agência Reuters. Mas esta loja do sudoeste da China não pertence à multinacional sueca.

Com o nome “11 Furniture” (que, em chinês, soa praticamente igual ao nome da empresa sueca neste país asiático), a loja de dez mil metros quadrados e quatros andares procura, ao que tudo indica, imitar não apenas o aspecto e o estilo, mas toda a experiência da marca Ikea. Quanto às peças de mobiliário são feitas por encomenda, e não empacotadas ao estilo da empresa sueca. Uma tendência que parece marcar esta nova forma de pirataria que já chegou ao gigante asiático.

Este tipo de imitação “já acontece há 25 anos [na China]. A maioria das marcas estrangeiras já foram falsificadas”, apesar de os produtos serem, em muitos casos, originais, explica Paul French, fundador da empresa de consultoria de mercado “Access Asia”, citado pela Euronews.

Em resposta à descoberta da loja em Kunming, o Ikea, que possui nove lojas na China e pretende abrir entre uma a duas em cada ano, já fez saber que tem equipas jurídicas a salvaguardar os direitos de propriedade intelectual, quer ao nível global, quer local (em cada país).

“Sendo uma das maiores companhias de mobiliário doméstico do mundo, a Ikea considera crucial a protecção dos seus direitos de propriedade intelectual”, disse a subsidiária chinesa do Ikea, num comunicado citado pela Reuters. Do lado da “11 Furniture” não houve qualquer esclarecimento.

A descoberta da loja clone da retalhista de mobiliário e decoração sueca na cidade de Kunming acontece depois de, na semana passada, cinco lojas falsas da Apple terem sido encontradas na mesma localidade. O facto levou as autoridades a investigarem 300 lojas de material electrónico na cidade e a ordenar o encerramento de duas das cinco lojas falsas, por falta de licença comercial.