Cepsa passa para as mãos de Abu Dhabi e sai de bolsa
Esta OPA "amigável" irá culminar com a saída de bolsa da Cepsa, uma vez que a IPIC irá passar a ser o único accionista da petrolífera espanhola.
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Esta OPA "amigável" irá culminar com a saída de bolsa da Cepsa, uma vez que a IPIC irá passar a ser o único accionista da petrolífera espanhola.
Em causa está um acordo que tinha sido anunciado em Fevereiro, celebrado entre a IPIC e a petrolífera francesa Total, para a compra dos 48 por cento que esta última detinha na Cepsa. O negócio está avaliado em 3,7 mil milhões de euros.
Uma vez que a IPIC já é proprietária de outros 47 por cento da companhia espanhola, a OPA agora aprovada dá ao fundo soberano o controlo quase total da empresa.
Quanto aos títulos que não forem adquiridos no âmbito desta operação em bolsa, a IPIC “exercerá o procedimento de venda forçada sobre as acções que não se apresentaram à OPA e procederá à sua aquisição, igualmente pelo preço unitário de 28 euros”, informou ontem a Cepsa em comunicado.
Os objectivos deste fundo soberano, como único accionista da petrolífera espanhola, são apostar “na sua consolidação como empresa espanhola, reforçando a sua posição” nesse mercado, incrementar as actividades de produção e exploração petrolíferas e aumentar a “projecção internacional” da empresa.
A IPIC é também um dos maiores accionistas da EDP, onde detém mais de 4,06 por cento do capital. A venda da participação do Estado na eléctrica portuguesa deverá acontecer até ao final de Setembro, já que a intenção do Governo é realizar esta operação no terceiro trimestre.