SaeR defende redução da taxa social única superior a quatro pontos percentuais
“Uma redução de quatro por cento não me parece que tenha grande impacto, terá de ser muito mais significativa. A CIP- Confederação Empresarial Portuguesa falou no corte para 15 por cento e a esse nível já fará mais sentido”, disse Poças Esteves, à margem da apresentação do relatório trimestral da Sociedade de Avaliação Estratégica e Risco (SaeR).
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“Uma redução de quatro por cento não me parece que tenha grande impacto, terá de ser muito mais significativa. A CIP- Confederação Empresarial Portuguesa falou no corte para 15 por cento e a esse nível já fará mais sentido”, disse Poças Esteves, à margem da apresentação do relatório trimestral da Sociedade de Avaliação Estratégica e Risco (SaeR).
No entanto, o presidente da SaeR lembrou que “reduzir significativamente a taxa social única poderá criar necessidade de fazer a correcção, aumentando os impostos”, pelo que esse corte tem de “ser cirúrgico e em sectores onde tenha impacto, como nas exportações”.
Segundo Poças Esteves, só deste modo será possível que o “impacto na economia seja muito mais positivo do que o impacto negativo que irá ter com o eventual aumento dos impostos”.
A redução da Taxa Social Única já estava prevista no memorando de entendimento com a ‘troika’ e foi assumida pelo novo Governo do PSD/CDS-PP de modo a conseguir uma “redução substancial” nos custos das empresas, a compensar com mais cortes na despesa e ainda “medidas na área dos impostos indirectos”.
“Há um jogo de equilíbrio que tem de ser cuidadoso”, reiterou Poças Esteves.