Bernardo Bairrão afastou-se do Governo por razões pessoais e políticas

Em entrevista hoje ao “Diário de Notícias”, Bernardo Bairrão explica que, depois de duas reuniões com o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, considerou “que deixava de haver condições. Até porque o meu nome já tinha saído da lista, e não fazia qualquer sentido manter-me disponível para o lugar”.

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Em entrevista hoje ao “Diário de Notícias”, Bernardo Bairrão explica que, depois de duas reuniões com o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, considerou “que deixava de haver condições. Até porque o meu nome já tinha saído da lista, e não fazia qualquer sentido manter-me disponível para o lugar”.

Este gestor garante que o seu afastamento se ficou a dever a “razões pessoais e políticas” e disse desconhecer as alegadas pressões de Manuela Moura Guedes para que não fosse secretário de Estado. Também esclareceu que Miguel Macedo não lhe transmitiu “nenhum veto do primeiro-ministro”.

Bernardo Bairrão foi apontado como secretário de Estado por Marcelo Rebelo de Sousa, no seu espaço de comentário semanal na TVI, num domingo. Mas o administrador, que renunciou ao cargo na segunda-feira seguinte, acabou por não constar na lista oficial divulgada pela Presidência da República.

Depois da tomada de posse dos 33 secretários de Estado, Miguel Macedo explicou que o administrador da Media Capital foi convidado para o Governo mas que, “por razões pessoais e políticas” acabou por não assumir funções. “Lamento que essa indicação não se tenha consumado, porque era um contributo importante para o trabalho que temos de fazer”, disse, então, o ministro.

Hoje, na entrevista ao “Diário de Notícias”, Bernardo Bairrão diz que encarava o cargo de secretário de Estado como “um desafio de gestão e era tão complexo que se tornava aliciante”.

Para o seu futuro, o responsável diz que a única coisa que quer, de momento, é ir de férias para um “local distante e sem telemóveis”. Quanto ao Governo de Passos Coelho, Bairrão entende que “tem de ter sucesso”, sob pena “de Portugal não ter sucesso”.