Entrada da Eletrobras na EDP “faz sentido”, diz António Mexia

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"A grande questão está no processo de conclusão de privatização", diz o CEO da EDP Paulo Ricca/arquivo

Citado pela agência Reuters, Mexia referiu que a Eletrobras já é parceira da EDP no Brasil e que é uma empresa com a qual a eléctrica tem “as melhores relações”.

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Citado pela agência Reuters, Mexia referiu que a Eletrobras já é parceira da EDP no Brasil e que é uma empresa com a qual a eléctrica tem “as melhores relações”.

Por essa razão, disse, o nome da Eletrobras “é um nome que faz sentido, mas é (uma decisão) da exclusiva responsabilidade do Governo”.

No final da conferência “Respostas da Sociedade Civil e o Papel das Empresas numa Sociedade Mais Inclusiva”, que hoje decorreu em Lisboa, Mexia afirmou que a privatização da EDP (onde o Estado detém 25 por cento do capital Parpública) é “uma evolução natural”, cita a Lusa.

“A velocidade dessa evolução é que foi a meu ver alterada e neste momento temos de respeitar aqueles que são os compromissos”, disse, referindo-se ao que foi acordado pelo anterior Governo com a troika, cujo memorando de entendimento aponta para a venda da EDP até ao final do ano.

O ponto determinante, frisou, está em saber qual a alienação que vai ser feita das acções que ainda fazem parte da carteira do Estado.

“A grande questão está no processo de conclusão de privatização”, defendeu, inisistindo ser essa “a questão decisiva no caso da EDP, mais do que qualquer outra alteração”.

O semanário Expresso noticiou que a Eletrobras já terá apresentado à Parpública uma proposta para comprar dez por cento da EDP, tendo também a argelina Sonatrach e o fundo soberano IPIC do Abu Dhabi mostrado interesse em aumentar as posições na EDP para além dos actuais dois e quatro por cento, respectivamente.