João Salgueiro e Mira Amaral defendem redução da máquina estatal

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Mira Amaral defendeu haver um conjunto de institutos públicos excedentários Carlos Lopes/arquivo

“Os portugueses têm andado a ser enganados. Todos os anos se agrava o endividamento do país, mas a sua dimensão tem sido escamoteada”, afirmou João Salgueiro, presidente da Mesa da Assembleia Geral do Fórum, acrescentando ser imperioso que haja um emagrecimento da máquina estatal.

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“Os portugueses têm andado a ser enganados. Todos os anos se agrava o endividamento do país, mas a sua dimensão tem sido escamoteada”, afirmou João Salgueiro, presidente da Mesa da Assembleia Geral do Fórum, acrescentando ser imperioso que haja um emagrecimento da máquina estatal.

Por seu turno, Mira Amaral destacou que “é preferível manter o Estado Social adaptado à realidade do Século XXI e cortar os organismos públicos inúteis” e que “não é possível manter o nível de despesa pública”.

Salgueiro realçou que “já há seis anos que se sabia que havia problemas na função pública, como também há nas Parcerias Público Privadas e ao nível do endividamento do país e ninguém fez nada”.

Já Mira Amaral reforçou que “há um conjunto de institutos públicos excedentários. Há até quem fale num Estado paralelo que foi criado nos últimos anos”.

Daí, defendeu que “a competitividade deve ser a grande preocupação da política económica portuguesa”, bem como “o primado da economia de mercado e não da economia estatizada”.

Ferraz da Costa, que preside ao fórum, disse mesmo que “o pedido de ajuda externa foi o primeiro passo realista tomado pelo Governo nos últimos dois anos”.

Os representantes do Fórum anunciaram a intenção de ver as medidas que hoje foram apresentadas em Lisboa, numa conferência de imprensa, e que são “contribuições para um programa de recuperação nacional”, a serem tidas em conta pela troika [Comissão Europeia, Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional], pelos partidos e pela opinião pública.