Receitas da hotelaria caíram sete por cento em Fevereiro

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Alentejo foi a região com melhores resultados nas receitas e dormidas Foto: Rui Gaudêncio

Os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que os proveitos dos hotéis portugueses desceram 6,9 por cento em Fevereiro, para 83,6 milhões de euros.

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Os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que os proveitos dos hotéis portugueses desceram 6,9 por cento em Fevereiro, para 83,6 milhões de euros.

Nos dois primeiros meses do ano, as receitas totais da hotelaria alcançaram 158,8 milhões de euros, o que também significa uma descida de 6,8 por cento face a igual período de 2010.

O abrandamento foi generalizado, com destaque para as regiões de Lisboa (-14,6 por cento) e dos Açores (-12,9 por cento). Apenas o Alentejo escapou às quebras, registando um aumento de 10,5 nos proveitos.

Em termos de tipo de estabelecimento, os decréscimos também foram transversais, sendo que o mais decréscimo foi da responsabilidade dos aparthotéis de três estrelas (-27,3 por cento). A única excepção às derrapagens de Fevereiro foram os apartamentos turísticos, que apresentaram uma subida de 34,8 por cento nas receitas.

Dormidas dos portugueses penalizam resultados

Estas quebras foram influenciadas pela diminuição de 3,1 por cento no número de dormidas de turistas portugueses nos hotéis. Apesar de uma subida de 1,2 por cento no que diz respeito aos visitantes estrangeiros, os estabelecimentos não conseguiram escapar a um decréscimo de 0,4 por cento nas estadias.

Este cenário também está relacionado com o facto de, este ano, o Carnaval ter sido gozado em Março, o que fez com que os resultados do mês anterior ficassem aquém do alcançado em 2010.

Os Açores lideraram as descidas em Fevereiro, registando uma quebra de 7,7 por cento. Também o Centro, o Norte, Lisboa e a Madeira apresentando resultados negativos. E o Alentejo e o Algarve cresceram, respectivamente, 9,7 e 1,1 por cento, impulsionados pelo aumento da procura dos turistas nacionais, espanhóis e holandeses.

Em termos de estabelecimentos, o comportamento das várias categorias de hotéis é muito diferente, tendo-se registado casos de aumentos de 31,1 por cento nas dormidas (aparthotéis de quatro estrelas) e outros de quebras de 11,2 por cento (estalagens, motéis e pensões).