Morreu Knut, o urso mais famoso do mundo

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O público viu-o contorcer-se por momentos no viveiro que habitava e depois cair à água junto das fêmeas Nancy e Katyusha.

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O público viu-o contorcer-se por momentos no viveiro que habitava e depois cair à água junto das fêmeas Nancy e Katyusha.

Uma autópsia para esclarecer as causas da morte será realizada no início desta semana, segundo Heiner Klös, tratador de ursos do jardim zoológico.

A notícia entristeceu milhares de fãs que manifestaram o seu pesar nas redes sociais.

Dezenas de pessoas concentraram-se junto do criadouro vazio para lhe prestar homenagem. Os visitantes do jardim zoológico depositaram flores no local, fotografias, poemas e acenderam velas. No seu site, o jardim zoológico abriu um livro de condolências.

"Todos nós tínhamos esse urso polar em nossos corações. Ele foi a estrela do zoológico de Berlim", disse o presidente da Câmara da cidade, Klaus Wowereit.

Os momentos finais do animal foram captados por um vídeo amador disponibilizado no site do tablóide alemão Bild.

Por seu lado, os activistas dos direitos dos animais afirmaram que a morte de Knut se deveu às condições em que era mantido no Zoológico de Berlim, local onde foi criado.

Os ursos polares vivem, em média, de 15 a 18 anos na natureza, e é comum passarem dos 30 anos de idade no cativeiro, afirma o grupo Polar Bears International.

"O Jardim Zoológico de Berlim abusava de Knut como uma ferramenta de marketing, sem ter em conta as necessidades fundamentais de um urso polar", acusou Wolfgang Apel, presidente da Sociedade Protectora dos Animais da Alemanha (DTSchD, na sigla em alemão).

"A curta e sofrida vida de Knut mostra novamente que os zoológicos não são lugar para ursos polares, mesmo que se chamem Knut", acrescentou.

Outra organização de direitos dos animais Vier Pfoten ("quatro patas") voltou a exigir o fim da criação de ursos polares em zoológicos. "Necessidades básicas, como procura de parceiro e de alimentação, caça e comportamento de fuga, são permanentemente suprimidos", disse o especialista em vida selvagem Thomas Pietschmann. "As consequências são graves problemas de comportamento".