Junta de freguesia das Caldas da Rainha compra novos coletes para recenseadores

“Os coletes enviados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) podem ser adquiridos por qualquer pessoa que queira lá meter uma letras e são muito fáceis de falsificar e por isso optámos por mandar fazer outros”, disse à Lusa Abílio Camacho, presidente da Junta de Freguesia de Santo Onofre.

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“Os coletes enviados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) podem ser adquiridos por qualquer pessoa que queira lá meter uma letras e são muito fáceis de falsificar e por isso optámos por mandar fazer outros”, disse à Lusa Abílio Camacho, presidente da Junta de Freguesia de Santo Onofre.

Ao contrário dos restantes recenseadores do país, identificáveis através de um colete amarelo esverdeado atribuído pelo INE, os 18 recenseadores da freguesia envergam coletes azuis “almofadados, mais confortáveis e devidamente identificados, na frente, com a inscrição “Censos 2011” e nas costas, “Junta de Freguesia de Santo Onofre - Caldas da Rainha”, descreve o autarca.

Além do investimento de 700 euros na aquisição dos coletes a junta de freguesia custeou ainda a impressão de folhetos com a fotografia dos coordenadores, subcoordenadores e recenseadores, distribuídos em cafés, associações e prédios de maiores dimensões da freguesia.

“Ao todo deveremos gastar com os Censos cerca de dois mil euros” prevê Abílio Camacho já que, ao investimento referido se somam “os custos em horas extraordinárias de uma funcionária porque enquanto decorrerem os inquéritos a junta estará aberta todos os dias até às 21 horas para resolver todos os problemas que surjam”.

Até hoje a troca de coletes “não causou nenhum problema” afirma o autarca, mas, “em caso de dúvida, os recenseadores podem mostrar os coletes do INE, se alguém o exigir”, esclarece.

A Lusa questionou hoje o INE no sentido de saber se esta é uma prática autorizada mas não até ao momento não obteve resposta.