Bióloga descobre escaravelho predador na serra do Sicó

"É o primeiro escaravelho estafilinídeo cavernícola de Portugal continental, ao qual foi dado o nome científico Domene lusitanica, em alusão à sua restrita distribuição geográfica, confinada às partes profundas da serra do Sicó", disse a bióloga, citada pela Lusa. O escaravelho, com quase um centímetro de comprimento, é "o maior dos Domene ibéricos" e, segundo Sofia Reboleira, apresenta várias características morfológicas de adaptação à vida nas grutas. "É um escaravelho predador, despigmentado, carece de verdadeiros olhos e asas e tem o corpo alongado", descreve a investigadora. Pertencente a um subgénero cujos parentes mais próximos se encontram no Noroeste da Península Ibérica, este escaravelho tem a particularidade de não existir em nenhuma outra parte do mundo, o que, segundo a bióloga, "coloca grandes desafios em termos de conservação".

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"É o primeiro escaravelho estafilinídeo cavernícola de Portugal continental, ao qual foi dado o nome científico Domene lusitanica, em alusão à sua restrita distribuição geográfica, confinada às partes profundas da serra do Sicó", disse a bióloga, citada pela Lusa. O escaravelho, com quase um centímetro de comprimento, é "o maior dos Domene ibéricos" e, segundo Sofia Reboleira, apresenta várias características morfológicas de adaptação à vida nas grutas. "É um escaravelho predador, despigmentado, carece de verdadeiros olhos e asas e tem o corpo alongado", descreve a investigadora. Pertencente a um subgénero cujos parentes mais próximos se encontram no Noroeste da Península Ibérica, este escaravelho tem a particularidade de não existir em nenhuma outra parte do mundo, o que, segundo a bióloga, "coloca grandes desafios em termos de conservação".

Agressões como "a utilização de pesticidas e insecticidas, a destruição das grutas nas zonas de exploração de inertes e os problemas associados ao escoamento de esgotos industriais e urbanos no único local do mundo onde vivem colocam as espécies estritamente cavernícolas em vias de extinção", explica Sofia Reboleira. A descoberta ocorreu durante os trabalhos de campo no âmbito do doutoramento orientado por Fernando Gonçalves (CESAM & Departamento de Biologia, Universidade de Aveiro) e Pedro Oromí (Universidade de La Laguna, Espanha).