Portugal “está em apuros”, diz Jorge Sampaio

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Jorge Sampaio Daniel Rocha/arquivo

Durante uma conferência que decorre no Porto - organizado pela Associação Portuguesa de Gestão e Engenharia Industrial (APGEI) e sobre o tema “Portugal e Europa: Algumas Incertezas e Desafios” - Jorge Sampaio explicou os motivos pelos quais considera que Portugal “está em apuros”. “A insustentável acumulação da dívida externa, privada e pública, o insuficiente desempenho da economia, o aumento do desemprego, a estagnação e mesmo diminuição do nível de vida dos portugueses, com cerca de 18 por cento da população em risco de pobreza e grandes desigualdades de rendimento, fazem com que Portugal - permitam-me a expressão - esteja em apuros”, justificou.

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Durante uma conferência que decorre no Porto - organizado pela Associação Portuguesa de Gestão e Engenharia Industrial (APGEI) e sobre o tema “Portugal e Europa: Algumas Incertezas e Desafios” - Jorge Sampaio explicou os motivos pelos quais considera que Portugal “está em apuros”. “A insustentável acumulação da dívida externa, privada e pública, o insuficiente desempenho da economia, o aumento do desemprego, a estagnação e mesmo diminuição do nível de vida dos portugueses, com cerca de 18 por cento da população em risco de pobreza e grandes desigualdades de rendimento, fazem com que Portugal - permitam-me a expressão - esteja em apuros”, justificou.

Segundo o ex-chefe de Estado, “a crucial importância política de 2011 não advém, assim, tanto de actos eleitorais que tenham ou possam ter lugar, mas sim da capacidade das principais forças partidárias em criarem uma plataforma de entendimento e de concertação para a próxima década”. “O que está em causa não é só um plano de austeridade para sanear as finanças públicas, como também não é só um plano de crescimento a médio prazo, para melhorar o desempenho da economia”, defendeu, acrescentando que Portugal necessita “de um plano para reduzir as desigualdades sociais e a pobreza”.

Apesar da situação difícil em que Portugal se encontra, Jorge Sampaio tem a convicção de que o país saberá “transformar estes desafios e incertezas em combates e metas a vencer”. “Por isso, importa, para além das clivagens partidárias, dos interesses sectoriais e particulares, dos cálculos eleitoralistas, do bota-abaixo derrotista e da vitimização fácil, consolidar a vontade nacional de ultrapassar a crise, potenciar talentos e capacidades e mostrar que somos capazes de nos organizar”, enfatizou.