Preços do crude e refinação impulsionam resultados da Cepsa

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Area de refinaria do grupo atraiu o fundo soberano de Abu Dhabi Tim Wimborne/Reuters

As contas da petrolífera espanhola, hoje divulgadas, apontam o aumento dos preços do crude no mercado internacional e a valorização do dólar americano em relação a 2009 como dois pontos positivos que ajudaram os resultados da companhia.

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As contas da petrolífera espanhola, hoje divulgadas, apontam o aumento dos preços do crude no mercado internacional e a valorização do dólar americano em relação a 2009 como dois pontos positivos que ajudaram os resultados da companhia.

O barril de Brent (crude do Mar do Norte) terminou o exercício com um “preço médio superior em 29,2 por cento relativamente a 2009”, enquanto a moeda americana valorizou-se 45 por cento face ao mesmo período.

Com efeito, foi na área de exploração e produção, que representou quase metade (47,5 por cento) dos 702 milhões de euros de resultados operacionais da Cepsa, que o crescimento foi maior: o grupo registou um aumento de 60 por cento, para 334 milhões de euros, face ao ano anterior.

No entanto, também a parte da refinação e distribuição, que cresceu 50 por cento, para 203 milhões de euros, deu um contributo importante para os números finais.

Em causa esteve uma “verdadeira recuperação das margens de refinação”, ainda que sofrendo uma quebra nos últimos três meses do ano. Foi precisamente esta área que recebeu aliás mais investimentos em 2010: 356 milhões de euros, aplicados na refinaria de “La Rábida”, em Huelva.

Aliás, foi principalmente devido ao interesse em aumentar a capacidade de refinação e distribuição na Europa que o fundo soberano de Abu Dhabi, o IPIC (International Petroleum Investiment Company), acordou a compra de 48,83 por cento da Cepsa ao grupo francês Total e vai lançar uma operação pública de aquisição na bolsa de Madrid.

Uma vez que o IPIC já era dono de quase metade da petrolífera espanhola, o negócio anunciado a 16 de Fevereiro irá dar ao emirado de Abu Dhabi, que faz parte dos Emirados Árabes Unidos, o controlo total da companhia.