PSP abriu inquérito interno para apurar se houve violência policial no Seixal

Contactado pela Lusa, o gabinete de imprensa do comando distrital de Setúbal da PSP afirmou que “embora não haja nenhuma denúncia formal de violência por parte dos agentes", a hierarquia "decidiu abrir um inquérito de averiguações interno para apurar os factos e ser o mais transparente possível”.

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Contactado pela Lusa, o gabinete de imprensa do comando distrital de Setúbal da PSP afirmou que “embora não haja nenhuma denúncia formal de violência por parte dos agentes", a hierarquia "decidiu abrir um inquérito de averiguações interno para apurar os factos e ser o mais transparente possível”.

A PSP sublinha, no entanto, que “não estabelece nenhuma relação entre a detenção de sábado e as situações que ocorreram nas noites de sábado e domingo”.

Ao início da tarde de hoje, a rua da Boa Hora estava tranquila e a presença policial não era visível.

No entanto, de acordo com a polícia, a presença das autoridades na zona está “reforçada” e “vai manter-se assim enquanto a PSP entender que é necessária”.

Para os moradores, os incidentes que se seguiram à detenção do jovem no sábado foram um grito de revolta contra a violência utilizada pela PSP.

De acordo com a polícia, o primeiro incidente ocorreu às 21h00 de sábado, quando uma viatura ligeira de passageiros que constava para apreensão por ter sido roubada foi incendiada. A PSP diz que um grupo de indivíduos apedrejou viaturas que passavam no local.

No domingo pela mesma hora, diz a polícia, um grupo de indivíduos entrou num autocarro da TST, forçou os passageiros e o condutor a sair, agrediu o motorista, e incendiou de imediato o autocarro.

As autoridades afirmaram ainda que está já a decorrer uma investigação para apurar a autoria dos crimes.