Louçã diz que a execução orçamental denota o quanto o Estado prejudicou as pessoas

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Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda Paulo Pimenta/Arquivo

Em declarações aos jornalistas à margem de uma reunião com o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, Francisco Louçã fez questão de se referir às críticas de José Sócrates, que manifestou incompreensão por quem “mostra azedume quando os números são bons”.

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Em declarações aos jornalistas à margem de uma reunião com o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, Francisco Louçã fez questão de se referir às críticas de José Sócrates, que manifestou incompreensão por quem “mostra azedume quando os números são bons”.

“Na verdade, aos funcionários públicos a quem se retirou os salários e que por isso o Estado poupou ao prejudicar as pessoas, percebe-se bem que o primeiro-ministro continue esta maledicência dos serviços públicos, este ataque fundamental à função que um Estado social tem que ter para tornar mais igual, mais desenvolvido e mais justo um país que tem tantas dificuldades”, afirmou.

Segundo Francisco Louçã, os dados já conhecidos relativamente à execução orçamental deste ano - que apontam para uma descida de 58,6 por cento do défice das contas públicas, de acordo com o semanário Expresso -- provam o acentuar das dificuldades das pessoas.

“No fim do dia, o que conta é isto: Os trabalhadores têm menos salários, pagam mais impostos, têm mais dificuldades, não têm abono de família, têm menos apoios sociais, os empregados têm menos subsídio de desemprego e estas contas são números que são pessoas sofridas. São pessoas que vivem uma dificuldade cada vez maior”, sublinhou.