Carlos César acusa Cavaco Silva de ter apenas atitude de "consentimento" face às autonomias regionias
“Eu não tenho dúvidas que o professor Cavaco Silva não encontra nas autonomias regionais a experiência mais singular, mais apaixonante ou mais estimulante da democracia portuguesa”, disse Carlos César, durante uma tertúlia no Casino da Figueira da Foz, na quinta-feira à noite.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
“Eu não tenho dúvidas que o professor Cavaco Silva não encontra nas autonomias regionais a experiência mais singular, mais apaixonante ou mais estimulante da democracia portuguesa”, disse Carlos César, durante uma tertúlia no Casino da Figueira da Foz, na quinta-feira à noite.
César alegou que a atitude do PR face às autonomias “é de consentimento” e defendeu que se Cavaco Silva tivesse sido deputado “com plenos poderes” à Assembleia Constituinte -- responsável pela elaboração da Constituição da República -- “não configuraria a autonomia regional como ela hoje está na Constituição”.
Ainda segundo Carlos César, já enquanto primeiro-ministro, Cavaco Silva demonstrou que “não valoriza estas experiências [das autonomias regionais] como exemplos de eficiência e aprofundamento democrático”.
O presidente do Governo Regional disse ainda que não se cruza com o Presidente da República desde a polémica sobre o estatuto político-administrativo dos Açores, vetado por Cavaco Silva em 2008.
“Mas cruzaremo-nos, certamente, no próximo dia 9 de Março”, assegurou Carlos César, aludindo à posse de Cavaco Silva para um segundo mandato como Presidente da República.