FIFA e UEFA querem revolucionar calendário do futebol

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Platini e Blatter querem pôr Messi e os outros futebolistas a jogarem o Mundial em Fevereiro e Março DR

É este o novo figurino que a FIFA e a UEFA querem impor no futebol mundial, segundo um projecto publicado nesta quarta-feira pelo semanário alemão “Sport Bild”.

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É este o novo figurino que a FIFA e a UEFA querem impor no futebol mundial, segundo um projecto publicado nesta quarta-feira pelo semanário alemão “Sport Bild”.

“Enquanto conselheiro de Sepp Blatter, eu já tinha proposto em 1998 um calendário internacional de Fevereiro a Novembro, mas foi recusado por causa da oposição dos italianos e espanhóis que temiam o calor no Verão”, explicou Michel Platini, presidente da UEFA, citado pela mesma revista.

O projecto da FIFA e da UEFA só deverá ser apresentado no próximo Verão, de forma a não pôr em causa as reeleições dos actuais presidentes, Michel Platini em Março e Sepp Blatter em Junho.

A intenção dos dois organismos que gerem o futebol mundial e europeu é que as grandes competições de selecções sejam jogadas no início da temporada, e não no final, de modo a que os futebolistas não cheguem tão cansados aos Europeus e Mundiais. Segundo o projecto, estas provas seriam disputadas entre Fevereiro e Março.

Os sete meses seguintes, entre meados de Março e fim de Outubro, seriam guardados para os campeonatos nacionais e as provas europeias.

O projecto da FIFA e UEFA inclui ainda um terceiro período, entre Novembro e meados de Dezembro, para as selecções disputarem o apuramento para as grandes competições, depreendendo-se que Janeiro seria o período de férias.

Esta proposta de calendário promete, no entanto, ser muito criticada pelos clubes, pelo menos a atentar na reacção que tiveram quando a FIFA colocou em cima da mesa a hipótese de o Mundial 2022, no Qatar, ser disputado em Janeiro. Grandes emblemas, como Milan e Barcelona, vieram logo a público criticar a ideia.

O novo calendário obrigaria os clubes a jogarem em pleno Verão na Europa, o que colocaria não só questões de competitividade, por causa do calor, mas também eventuais problemas de audiências televisivas e assistências nos estádios.