MySpace está à venda

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O MySpace, criado em 2003 por Chris DeWolfe e Tom Anderson, teve uma ascensão meteórica até 2007 DR

Aliás, precisamente numa estratégia apelidada por muitos de “não-os-podes-combater-junta-te-a-eles”, o MySpace anunciou em Novembro último um acordo de parceria com o Facebook.

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Aliás, precisamente numa estratégia apelidada por muitos de “não-os-podes-combater-junta-te-a-eles”, o MySpace anunciou em Novembro último um acordo de parceria com o Facebook.

O Facebook é hoje, inquestionavelmente, a rede com maior número de membros: mais de 500 milhões de utilizadores (se fosse um país, seria o terceiro mais populoso do Mundo, depois da China e da Índia), ao passo que o MySpace conta agora com 130 milhões.

Nem há um ano o MySpace tinha relançado o site, apresentando uma nova versão, assumidamente mais voltada para a música e o entretenimento. Desde que tomou posse, o director-executivo do site, Mike Jones, teve que reposicionar a marca MySpace. Em vez de insistir no aspecto de rede social do MySpace, Jones preferiu não perder a sua audiência mais jovem insistindo que o site é antes um portal de “entretenimento social”.

Mas de nada valeram estas estratégias e relançamentos. Em 2009 o MySpace perdeu 22 milhões de euros e em 2010 perdeu 74 milhões. Na terça-feira a empresa confirmou o despedimento de 47 por cento dos seus trabalhadores - cerca de 500 pessoas - com o objectivo último de colocar o site à venda ou de o fundir com outros.

Um dos trabalhadores da delegação australiana, Alex Wein, consternado, escreveu no seu blogue, citado por vários media: “O MySpace tinha música, vídeos, integração com o telemóvel, milhões de bandas, quatro vezes mais utilizadores, o império Fox por trás, 900 milhões de dólares da Google para gastar e ainda assim o Facebook venceu-nos. Como é que isto aconteceu?”

O MySpace, criado em 2003 por Chris DeWolfe e Tom Anderson, teve uma ascensão meteórica até 2007. Esta popularidade cativou o interesse do barão dos media Rupert Murdoch - que detém, entre outros títulos, o “The Times” e o “The Sun”, bem como a estação Fox -, que comprou o site por 585 milhões de dólares (437 milhões de euros actuais).